O PSDB intensificou a ofensiva para que o supermercadista tucano José Roberto Lourencini seja o vice do pré-candidato a prefeito de Mauá pelo partido, o vereador Edimar da Reciclagem. O tucanato se reuniu ontem à tarde e à noite para convencer seu filiado a aceitar a proposta, mas o empresário não se empolga com a possibilidade. Primeira opção de Vanessa Damo (PMDB) para compor chapa (que ruiu pela insistência da candidatura de Edimar), Lourencini diz que só aceitará o chamado de sua sigla caso a peemedebista o autorize.

"Falei para a Vanessa que não seria vice de ninguém (depois de minguar a negociação com o PMDB). Então preciso do aval dela porque foi quem me colocou nesse negócio", considera o empresário, ao externar o nível do assédio do tucanato. "Está forte. Me ligam a cada três segundos. Por enquanto, não pendo nem para aceitar nem para não." Ele admite enfrentar saia justa com a situação.

Presidente municipal do PSDB, Márcio Canuto aguarda a resposta do supermercadista para hoje. A pressa é em virtude da convenção do partido. Previamente marcado para hoje, o encontro que homologará a chapa foi adiado para segunda-feira, às 19h, no Clube Independente, justamente por causa da indefinição sobre o vice de Edimar.

"Está tudo bem conversado. Percebi que o Lourencini está disposto a aceitar", diz o mandatário, confiante. Caso o retorno do empresário seja negativo, o PSDB tem planos B e C na manga. São, pela ordem, o vereador Roberto Rivelino Ferraz, o Professor Betinho (PSDC), e a diretora regional de ensino em Mauá, Marilene Ceccon (PSDB).

Canuto enxerga todas as possibilidades com bons olhos. "Compor é legal, traz mais gente para o grupo. Mas o PSDB tem marca forte. O governador (Geraldo Alckmin) tem aprovação de 65% na cidade e já se comprometeu a vir uma ou duas vezes para Mauá durante a campanha."