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Lojas que alugam roupas para festa à espera de 2021

Estabelecimentos da região amargam prejuízos com pandemia; remarcação de eventos para ano que vem é a esperança

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
01/07/2020 | 07:01
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Claudinei Plaza/DGABC


Com igrejas e templos religiosos fechados, assim como salões de festas e bufês, casamentos, bailes de debutante ou qualquer outro tipo de evento foram desmarcados diante da pandemia causada pelo novo coronavírus e da determinação de isolamento físico. Consequentemente, as vitrines das lojas de trajes de festa e para noivas ficaram fechadas durante toda a quarentena. Agora, com a reabertura gradual, esses negócios tentam se manter em pé, mas a esperança é a recuperação em 2021, pois este é considerado um ano praticamente perdido.
Afinal, o prejuízo tem sido a palavra do segmento desde o início da quarentena no Estado, em março – com perdas de até R$ 50 mil ao mês, aproximadamente. “Tivemos 100% dos contratos de locação adiados”, conta a gerente comercial da loja Lovely Bridal, localizada no Centro de Santo André, Sônia Angeli.
Para muitas lojas da região se pode usar a seguinte equação: se antes da pandemia o negócio rendia em torno de R$ 10 mil por mês, durante esses meses de portas fechadas, se muito, checou a R$ 3.000, passando o faturamento mensal para 30%.
Outro exemplo é contado pela proprietária da Bombê Roupas de Festa, aberta desde janeiro de 2007 na Vila Assunção, em Santo André, Raquel Esteves Alves. “Como não pagamos aluguel, a nossa situação ainda é melhor que de muitos outros empresários, mas acredito que tivemos um prejuízo de aproximadamente R$ 80 mil durante os meses parados. Os aluguéis de roupas para festas já assinados em contratos ficaram em aberto.” Desde a reabertura, no dia 15, Raquel informa que há muita procura on-line. “Mandamos fotos, valores, mas, vir presencialmente na loja, ainda são poucas pessoas.”
Dona da Delicacy Maison, loja de noivas e vestidos de festas localizada há 16 anos no bairro Jardim, em Santo André, Graziane de Souza conta que entre março e abril a demanda estava alta, mas foi interrompida devido à Covid-19. “Contabilizamos prejuízo de 80%, afinal, ficamos três meses fechados. Em junho, mês de retomada a partir do dia 20, o prejuízo foi de 30% em relação ao mesmo período de 2019. Os contratos foram prorrogados para 2021 e apenas 2% foram cancelados, número que considero baixo.”
Focado em vestimentas para casamentos, formaturas, festa de debutantes, bodas e agora com scrubs (pijamas hospitalares), Lili Vieira, estilista e proprietária de ateliê de marca própria em São Bernardo, comenta que, apesar de toda essa situação, mesmo com a loja fechada houve procura por parte de noivas que deixaram reserva fechada do modelo e data.
“Claro que em um número muito aquém do normal. Já para vestidos e roupas de festas quase não houve procura. Nesse período estamos fechados e apenas fazendo atendimentos pontuais com horário agendado e cumprindo todas as determinações. Não reabriremos efetivamente até liberarem os eventos sociais. Se não tivesse me reinventando com novos produtos, o fluxo financeiro seria para quitar os custos fixos mensais. Foi a zero a entrada de dinheiro de novos pedidos”, conta a estilista.

DESTAQUE
Vale lembrar que, há anos, a região passou a ser reconhecida no segmento de casamento devido à quantidade de lojas com roupas para noivas, noivos e festas espalhadas pelas ruas dos centros das cidades, assim como bufês, empresas de vídeo e foto, locação de veículos e demais serviços.
O Diário entrou em contato com a Associação Rua das Noivas do ABC, que agrupa todas essas empresas, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.  




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