Economia Titulo Comércio exterior
Americanos apelam por abertura
24/11/2008 | 07:01
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Em uníssono, todo setor privado americano apela para que Brasil, Índia e China abram seus mercados às importações como forma de impulso à economia mundial, em plena crise. Mas, para alguns diplomatas sul-americanos, a Casa Branca dá os primeiros sinais tímidos de que pode suavizar suas exigências para que haja um acordo na OMC (Organização Mundial do Comércio) em dezembro.

Em clara oposição à Washington, os principais atores da economia americana pediram para que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, não tente concluir a Rodada Doha da OMC em 2008 se não houver concessões reais por parte dos países emergentes. Eles ainda pedem que Bush não limite as opções negociadoras do presidente eleito Barack Obama para 2009.

A conclusão da Rodada foi uma das instruções dadas pelo G-20, no dia 15, em Washington, como forma de garantir que medidas protecionistas não se proliferem e que o comércio possa ser uma alavanca à recuperação da economia mundial. O presidente Luis Inácio Lula da Silva foi um dos principais promotores da idéia.

O projeto da OMC, apoiado pelo Itamaraty, é o de se convocar para dezembro uma reunião ministerial como forma de fechar um acordo comercial. Mas em uma carta enviada à Casa Branca, os maiores industrialistas, agricultores,banqueiros e representantes do setor de serviços dos Estados Unidos alertam que "seria um erro" a convocação do encontro diante da posição dos países emergentes. "Não apoiamos a imposição de calendários arbitrários", afirmou a carta assinada pela Associação Nacional de Indústrias, pela Federal Agrícola Americana e pela Coalização de Indústrias de Serviço. "Não deve haver uma nova reunião ministerial se não houver evidências de que (os países emergentes) estão comprometidos com abertura de mercados", afirma a carta a Bush.

Os setores americanos, que raramente falam em uma só voz, alertam que todos os países terão de fazer concessões, entre eles o Brasil, China e Índia.




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