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Crise é 'grande golpe' para o turismo em todo o mundo
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24/11/2008 | 07:00
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A crise financeira representou para o turismo "um dos piores golpes de sua história", anunciou ontem a OMT (Organização Mundial de Turismo), destacando a queda de seu crescimento, que se reflete na França, primeiro destino mundial, e em seu concorrente na Europa, a Espanha.

Após quatro anos de sucesso, "o turismo vive um dos piores golpes de sua história", declarou o subsecretário-geral da OMT, Geoffrey Lipman, admitindo que "as perspectivas para 2009 são preocupantes" e que não se prevê "recuperação no primeiro semestre".

Segundo a OMT, a crise financeira provocou um claro freio no crescimento do turismo internacional, que se limitará a 2%, em 2008. No ano que vem, na melhor das hipóteses, será nulo. Em 2007, 9O3 milhões de turistas viajaram pelo mundo, ou seja, 6,6% a mais do que em 2006, resultado que foi superior às previsões. Apesar da crise financeira, a OMT, agência subordinada às Nações Unidas, mantém suas previsões de longo prazo e acredita que, em 2020, o número de turistas baterá a casa de 1,6 bilhão.

Menos afetado do que outros setores, como o imobiliário, o da construção, ou o de automóveis, o turismo também sofre as conseqüências da recessão nos países industrializados, embora não se possa negar que, "quando a atividade se reaquece, é também o primeiro setor que floresce", segundo a OMT.

As viagens de negócios se vêem especialmente atingidas: as empresas, sobretudo, do setor financeiro e bancário, reduziram seus orçamentos, assim como o número de seminários e conferências. Depois de uma alta contínua de 5,7% nos primeiros quatro meses de 2008 e de um recorde de 7% em maio, o crescimento do turismo internacional começou a estancar a partir de junho (1,5%).

Nos primeiros oito meses do ano, o mercado aumentou uma média de 3,7%, mas, de acordo com a OMT, essa tendência se degradou. A queda foi particularmente sentida na região Ásia-Pacífico, que estava em pleno crescimento até março, e onde o volume de turistas internacionais diminuiu 2% em agosto.

Já o índice de progressão do turismo na África se dividiu, a 3,2%, para um período de oito meses. A atividade na Europa também recuou (1,7%, em oito meses), após ter experimentado um aumento médio 5% nos últimos dois anos.




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