A Arena Corinthians recebeu ontem público total de 63.267 pessoas, a maioria de torcedores ou simpatizantes da Argentina. No entanto, a Holanda teve o grito encorpado por brasileiros e, inclusive, estrangeiros de outras nacionalidades, que abusaram de qualquer item laranja para apoiar os europeus.

Com a camisa holandesa, rosto pintado com a bandeira e um laço alaranjado, a economista Bárbara Gentile, 25 anos, acompanhava o namorado Alison Paese, 27, que trajava camisa argentina. “Hoje (ontem), vamos dar a revanche que o Brasil está precisando”, previu em prol dos holandeses antes do jogo.

Entre os estrangeiros, o apoio também pendia para o lado laranja, como a inglesa Victoria Menegati, 18. “A Argentina depende muito do Messi”, palpitou a estudante londrina, que disse estar gostando muito do Brasil, traçando comparações até surpreendentes. “As pessoas estão sendo boas conosco, são todas receptivas. Vim ao Brasil um pouco assustada, esperando algo ruim, mas estou vendo coisas completamente diferentes do que eu esperava. O metrô, inclusive, é melhor do que o de Londres, porque os trens são mais novos”, afirmou.

Com camisa, plumas, máscara e outros adereços, a israelense Abigail Ostapyshyn, arquiteta de 30 anos, mostrava-se empolgada com o jogo. Já sobre sua primeira visita ao País, fez colocações positivas e negativas. “Cresci na Europa, então gostei de algumas coisas e não gostei de outras. O primeiro problema é que quase ninguém fala inglês. Estive em Curitiba, Rio, Salvador, Recife e só agora em São Paulo encontrei pessoas e até policiais que falam outra língua”, disse. “Não sentimos problemas com violência nem vimos nada disso, mas é muito difícil comprar comida quando não te entendem. Isso é bem complicado mesmo”, emendou a visitante.

Quarteto de São Bernardo aumenta o coro holandês

Os amigos de São Bernardo Alex Fajardo, 26 anos, Lucas Demarchi, 26, Fernando Vechiato, 26, e Gabriel Salvate, 26, foram à Arena Corinthians apoiar a Holanda contra a Argentina. E mais do que isso: elogiaram a estrutura da Copa.

“Dentro do que o País proporciona, superou minhas expectativas”, disse Fajardo. “Estrutura e segurança perfeitas”, emendou Vechiato. “Nem parece Brasil. Está tudo funcionando”, afirmou Salvate. “O único problema é que tem muito argentino”, brincou Demarchi.