Política Titulo Posição
Filippi apoia marcha da maconha em Diadema

Movimento é organizado em diversas partes do mundo para
alterar leis relacionadas à droga, em especial para legalização

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/11/2011 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


O deputado federal e ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT) manifestou apoio à realização da marcha da maconha na cidade. O movimento é organizado em diversas partes do mundo para alteração de leis relacionadas à droga - principalmente para legalização. O petista afirmou que o tema precisa ser melhor tratado por políticos e sociedade.

Filippi externou seu posicionamento sobre o assunto no sábado, após evento do PT de São Caetano. Seu depoimento foi gravado por pessoas que tentam realizar a marcha em Diadema e o vídeo foi postado no site YouTube. A intenção é organizar o ato na cidade em maio de 2012.

Questionado sobre se apoiaria a marcha da maconha no município, o deputado disse que "sem dúvida" endossaria o projeto. "A sociedade precisa se desvestir de preconceito. E essa geração está propondo uma coisa corajosa e importante para a sociedade brasileira, que é a gente desmistificar e tornar a droga uma coisa que precisa ser debatida e que precisa ser descriminalizada (...) Pode contar com meu apoio. Esse é um tema que me interessa e vocês (organizadores da marcha) podem contar com meu apoio para promovermos esse debate e discussão na cidade", assegurou Filippi no vídeo.

O petista elogiou as posturas do líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que defenderam publicamente o uso medicinal da maconha e o plantio da droga em cooperativas. "Ressalto a importância do Paulo Teixeira e também reconheço a coragem e importância do ex-presidente Fernando Henrique com relação a esse debate."

Procurado pela equipe do Diário, Filippi não retornou às ligações para comentar o vídeo.

 

POLÊMICAS

Em 2008, articuladores do evento tentaram realizar a marcha da maconha em 12 capitais pelo País, mas houve repressão e decisões judiciais contra a organização do ato. À ocasião, alguns juízes alegaram que o evento demonstraria clara apologia ao uso de drogas e até formação de quadrilha.

Naquele ano, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Recife estavam entre as cidades que sediariam o evento, que só aconteceu legalmente na capital de Pernambuco - mesmo assim, houve confronto entre os manifestantes e a polícia local.

Após dois anos de organização pacífica, a marcha da maconha voltou a gerar polêmica, principalmente porque juízes de algumas capitais consideraram ilegais os atos.

Em junho, o Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, liberou o evento, entendendo que a Justiça não pode cercear o direito à livre expressão. A decisão foi reafirmada ontem, em julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a realização da marcha.




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