O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo proibiu ontem o São Bernardo FC de ceder o Estádio 1º de Maio para realização de bingo promovido pelo Centro Comunitário das Crianças Nossa Senhora de Guadalupe do Jardim Laura, sob pena de R$ 100 mil. De acordo com documento emitido pela juíza Ida Inês Del Cid, da comarca de São Bernardo, o Tigre teve permissão de uso da praça esportiva revogada em julho e o clube só pode usá-la para fins esportivos mediante pagamento de preço público.

De acordo com o presidente Edinho Montemor, o São Bernardo FC foi pego de surpresa com a intimação. Inclusive, soube da ação da Justiça por intermédio das indagações da equipe do Diário. E explicou que justamente pelo fato de o clube não ter mais o controle do estádio, pediu aos solicitantes que procurassem a Prefeitura.

“O São Bernardo FC não está promovendo nenhum bingo, não é patrocinador de bingo. Houve uma empresa que nos procurou, juntamente com entidade beneficente, solicitando a utilização do 1º de Maio e encaminhamos para a Secretaria Municipal de Esportes, que é administradora do espaço público. Não somos administradores, não temos a concessão e não podemos ceder o espaço para fins outros que não sejam do próprio São Bernardo jogar”, declarou o dirigente.

“Não tem cabimento isso. O São Bernardo não está promovendo bingo algum, não estamos vendendo cartela. Essa entidade e a empresa tiveram a negativa da Secretaria de Esportes e foram procurar o Água Santa para fazer o bingo em Diadema, no Estádio do Inamar. Não sei como foram as tratativas, se evoluíram. Mas aqui encaminhei à Secretaria de Esportes por não ser da alçada do São Bernardo FC ceder este espaço. Jogamos e pagamos o preço público como combinado e aventado”, defendeu-se o mandatário aurinegro, que mostrou-se otimista sobre a participação do clube no novo processo de concessão que está em curso para o Estádio 1º de Maio.