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Deputado acusa Dib de perseguição política
Por Sergio Kapustan
Do Diário do Grande ABC
25/05/2005 | 07:53
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O deputado estadual Giba Marson (PV) critica o prefeito de São Bernardo, William Dib (PSB), a quem acusa de perseguição política por ter votado no deputado estadual, Rodrigo Garcia (PFL), à presidência da Assembléia Legislativa, em 15 de março. A candidatura de Garcia não era apoiada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), aliado do socialista na região.

Marson diz que perdeu cargos na administração municipal, teve audiências com Dib canceladas e engavetados vários pedidos pró-comunidade, como poda de árvore, que solicitava aos assessores do prefeito até então. “Essa política de retaliação não interessa ao município. Fui um dos coordenadores de sua campanha e não aceito essa postura anti-democrática”, critica o verde.

Sem espaço na Prefeitura, o deputado tem defendido no partido, sem sucesso, que a sigla fique independente na Câmara Municipal e entregue os cargos na administração. O PV tem dois vereadores: Amadeo Giusti (líder) e Martins Martins. Ambos integram a base de sustentação de Dib e não mostram interesse em deixar a base governista.

No âmbito estadual, o presidente do partido, Domingos Fernandes, defende a posição de Marson na Assembléia justificando que a bancada estava liberada para votar, mas lava as mãos quando o asssunto é William Dib. “Essas dificuldades precisam ser tratadas no município por suas lideranças. O PV é um aliado importante do prefeito Dib e tem se comportado com responsabilidade até o momento”, declarou o dirigente verde.

Na mesma linha, a presidente municipal do PV e assessora especial de Dib, Vera Motta, diz que a crise de relacionamento de Dib com Marson precisar ser avaliada com cuidado. “É um tema que foge da órbita local porque nasceu na Assembléia Legislativa e não aqui em São Bernardo”, comentou a dirigente. O Diário não conseguiu localizar o prefeito Dib até fechamento da edição para responder às críticas do deputado.

Eleição – Numa eleição apertada, 48 votos a 46, o deputado Rodrigo Garcia (PFL) foi eleito presidente da Assembléia Legisativa derrotando o deputado Edson Aparecido (PSDB), candidato oficial do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A eleição do pefelista quebrou uma tradição, iniciada no governo Mário Covas, em 1995, da Assembléia eleger um presidente tucano.

Aliados do governador afirmam que contavam o apoio Giba Marson. Alckmin acionou o prefeito William Dib para garantir o voto. Marson confirma a reunião, mas nega que tenha aberto o voto em favor de Aparecido. A base do tucana contava com o voto de Marson porque empataria a eleição, sendo declarado presidente do Legislativo Edson Aparecido por ser o mais velho.




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