Política Titulo Eleições
Prefeituráveis aproveitam cada minuto
Raphael Ramos
Rita Donato
05/10/2008 | 07:04
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O empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em impulsionar a candidatura do prefeiturável de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), foi evidente até o último dia de campanha. Ontem, a única atividade política do chefe da União foi participar de carreata ao lado do ‘companheiro' na Rua Marechal Deodoro, principal corredor comercial do município.

Em meio ao tumulto comum, Lula acenou aos lojistas e caracterizou como "obrigação política e moral" ajudar Marinho a eleger-se no berço político do partido. "São Bernardo é minha cidade e quero que seja bem cuidada. Estou convencido de que o ajudando estou dando a oportunidade de mostrar para meus filhos e netos como ele saberá cuidar daqui."

Alinhado ao discurso do candidato, Lula sustentou a possibilidade de vitória nas urnas hoje. "Estou entusiasmado para que o Marinho ganhe no primeiro turno, é como se fosse a minha campanha", ponderou, sem comentar o cenário das eleições na Capital paulista, onde a candidata Marta Suplicy amarga queda nas pesquisas.

Marinho evitou afirmar que o empenho do presidente na região tenha minimizado as chances de apostar em Marta e disse que sua ascensão nas pesquisas (Diário/Ibope o aponta com 40% da preferência) não está atrelada apenas à presença de Lula. "A importância dele é inegável, mas não significa que sou o candidato mais importante, é apenas uma agenda possível. Pelo presidente, ele ajudaria todos os candidatos do PT. São Paulo é a cidade mais importante, que ele não deixou na mão, participou de programas eleitorais."

As últimas atividades de campanha de Orlando Morando (PSDB) tiveram um único foco: atingir os 12% de indecisos. Com 28% das intenções de voto, o prefeiturável aposta nos indecisos para aumentar seu eleitorado e forçar uma segunda rodada de votação com Marinho no próximo dia 26.

Ontem, mesmo debaixo de chuva, o governista organizou seis carreatas pela cidade - o ponto final foi na Avenida Aldino Pinotti, no Centro - e pediu à militância que dedicasse as últimas horas antes da votação para persuadir os indecisos. "Tem de aproveitar a hora do almoço, do lanche da tarde e do jantar para conversar com aquele vizinho, amigo ou familiar que ainda não sabe em quem vai votar. Esse empenho final é determinante."

Já Alex Manente (PPS) acusou o tucano de espalhar o boato de que teria desistido da eleição. "O Orlando entrou em rota de desespero, pois sabe que perdeu e não se conforma. O grupo governista está acostumado com o poder e não o terá mais a partir de 1º de janeiro. Falar que renunciei é falta de ética e hombridade", declarou.




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