Economia Titulo Web
Brasil é o que cobra mais caro por acesso à internet

Pesquisa apurou que o custo médio para a velocidade mínima, de 128 Kbps, era de US$ 30 em julho

Por
05/10/2008 | 07:08
Compartilhar notícia


O forte crescimento da utilização da banda larga para acesso à internet ainda não se converteu em redução de preços para o consumidor no País. Levantamento feito pela consultoria IDC coloca o Brasil no topo da lista dos países com tarifas mais altas, entre os emergentes. Os custos pesam no bolso dos clientes, que fazem conexão tanto por meio da tecnologia oferecida pelas operadoras de telefonia fixa, como pela das TVs por assinatura.

A pesquisa, que usou como parâmetro as velocidades mínimas e máximas oferecidas em cada mercado, levantou o custo final para o consumidor no Brasil, Argentina, Chile, Rússia e República Tcheca. "Não seria justo comparar o Brasil com países desenvolvidos, onde o mercado já está mais maduro", explica o analista em telecomunicações da consultoria, Vinícius Caetano.

Ao pesquisar 15 provedores de banda larga no Brasil, a consultoria apurou que o custo médio para a velocidade mínima, de 128 Kbps (quilobits por segundo), oferecida no mercado pela conexão por operadoras de telefonia fixa era de US$ 30 em julho deste ano. Já no Chile, onde a velocidade mínima é mais que o dobro da brasileira (300 Kbps), o preço era de US$ 34,71. Na vizinha Argentina, 512 Kbps saíam por US$ 27, 05.

O descompasso é ainda maior quando confrontados os dados do Brasil com os dos países europeus em desenvolvimento. Na Rússia, por exemplo, a velocidade mínima é de 1 megabit por segundo, com preço médio de US$ 14,64. Já na República Tcheca, paga-se US$ 17,68 por 2 megas de conexão. "No acesso mínimo de banda larga, o Brasil ainda oferece conexão de 128 Kbps , que já é ultrapassada em vários países. E, mesmo assim, o custo é maior que o de conexões com maior velocidade", comenta Caetano.

A diferença de preços também é grande quando se avalia os produtos mais sofisticados, voltados para clientes de classe A. No Brasil, a velocidade máxima oferecida no varejo, de 20 megas, exige desembolso mensal de US$ 300. Na Argentina, cinco megas saem a US$ 46,80.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;