O presidente da França, Jacques Chirac, e da China, Hu Jintao, se reuniram nesta quinta-feira em Pequim e mostraram preocupação com os programas nucleares de Irã e Coréia do Norte .

Hu e Chirac pediram que o Irã respeite a resolução 1969 da ONU, a qual determina que o país deixe de enriquecer urânio, enquanto aumentam as ameaças de sanções contra Teerã por parte do Conselho de Segurança.

Também expressaram sua "séria preocupação" após o primeiro teste nuclear da Coréia do Norte, realizado em 9 de outubro, apesar do governo chinês ser o principal aliado de Pyongyang.

Como fazem de forma regular há vários anos, França e China pediram o fim do embargo da União Européia sobre a venda de armas a Pequim e estimaram que chegou a hora de os europeus "se beneficiarem das conseqüências do desenvolvimento da colaboração entre a UE e a China".

"China e França ressaltam a necessidade de promover e proteger os direitos humanos conforme os objetivos e os princípios da Carta da ONU, respeitando a universalidade destes direitos", diz o texto. "Levando em conta as especificidades de cada um, é dever dos Estados promover e proteger os direitos humanos e todas as liberdades fundamentais", acrescenta.

No plano comercial, a Airbus obteve um novo pedido de 150 aviões A320 e uma carta de intenções sobre uma eventual compra de 20 modelos do futuro avião A350. Também foi assinado um acordo para instalar uma rede de montagem do Airbus 320 na China.

Outra que se beneficiou na visita foi a empresa francesa Alstom, que assinou um contrato de 1,2 bilhão de euros com a China para produzir 500 locomotivas de carga, que representará receitas de 300 milhões para o grupo industrial.

Chirac e sua esposa, Bernadette, chegaram na quarta-feira a Pequim e foram recebidos por Hu e sua esposa, Liu Yongqing, nesta quinta-feira de manhã na Praça Tiananmen.