A polícia de Ribeirão Pires prendeu na noite de sexta-feira o agente de saneamento Edivaldo Sinésio Pereira, 24 anos, acusado de matar com três tiros na cabeça o motorista de ônibus Orlando Gomes da Silva, 39, em assalto ocorrido na noite de quinta-feira no coletivo que fazia a linha Ribeirão Pires – Soma, da viação Rigras. De acordo com testemunhas, o assaltante matou o motorista porque no caixa do ônibus só havia R$ 40 e alguns vales-transporte. O delegado-titular de Ribeirão Pires, Augusto Farias, disse sábado ter praticamente certeza de que Pereira é o criminoso que agiu no coletivo que trafegava pela estrada da Soma.

"Tenho provas contra ele. Testemunhas o reconheceram e a roupa descrita pelos passageiros foi encontrada na casa dele. Só falta encontrar a arma utilizada no crime. O Edivaldo é temido na região e tem antecedentes de roubos", afirmou o delegado Augusto Farias.

A mulher do acusado, Andrea Campos, disse que ele foi detido no Terminal Rodoviário, no Centro. "Nós íamos fazer compras quando ele foi preso", disse a mulher, que nega ser o marido o autor do latrocínio (roubo seguido de morte). "Na hora do assassinato, ele (Edivaldo, o acusado) estava em casa."

A polícia pediu ao Instituto de Criminalística exame residuográfico nas mãos de Edivaldo Sinésio, que consiste em verificar se há vestígios de pólvora na pele do suspeito. O delegado pediu à Justiça a prisão temporária do acusado. "As investigações continuam e o desfecho está previsto para segunda-feira", disse Farias, o delegado.

O ladrão que matou o motorista Orlando Gomes da Silva entrou no ônibus fingindo-se de passageiro. Deu sinal em um ponto da estrada da Soma, na região de Ouro Fino, e subiu no veículo. Pouco depois, anunciou o assalto e apontou um revólver calibre 38 na direção do motorista. Ele exigiu todo o dinheiro disponível. Ao receber R$ 40 e alguns vales, o assaltante teria falado: "Você só tem isso? Me entrega mais", de acordo com uma testemunha. O motorista comunicou o ladrão de que não havia mais nada e, por isso, teria sido baleado três vezes na cabeça e morreu na hora.

Investigadores da Delegacia de Ribeirão Pires acreditam que outra pessoa possa estar envolvida no crime. Afirmam ainda que o acusado Edivaldo Sinésio, que mora no bairro Ouro Fino, foi trabalhar e, na volta, cometeu o crime. A família do suspeito diz que ele trabalha na Secretaria de Obras do município.