O ex-presidente do Banco Central Francisco Gros acredita que a moeda americana deve terminar um ano estabilizada em R$ 1,60. Quanto à saída de dólares que continua acontecendo no país, Gros afirmou que sao saídas muito diferentes das que ocorriam quando o câmbio era fixo, porque anteriormente elas representavam saídas de reservas e vendas do Banco Central, "ao fato que hoje para cada saída tem que haver uma entrada, porque em um sistema de câmbio flutuante tem que haver um equilíbrio de fluxo. Essas saídas sao de curto prazo e desde que o Banco Central permaneça fora do mercado nao impatarao as reservas brasileiras", explicou.

Segundo ele, as entradas de dólares virao de investidores, exportadores e de bancos assumindo posiçoes. "A expectativa é de que em um certo preço, como em qualquer mercado, a oferta encontra a demanda e o preço se estabiliza. Com relaçao à perspectiva de inflaçao para 99, o ex presidente do BC comentou que ainda é muito vaga no mercado internacional. Ele disse que existem previsoes desde 8% até 18%. Para Gros dois pontos sao importantes para conter a inflaçao: primeiro o Banco Central tem que utilizar a política monetária para segurar a inflaçao e nao a taxa de câmbio e em segundo o sentimento de que haverá um ajuste da inflaçao "mas que na falta de mecanismo acontecerá um ajuste "once for all", que acontece uma vez e nunca mais se repete", explicou