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Passarela está às escuras em Mauá
Por Ana Carolina Negrão
Especial para o Diário
17/03/2006 | 07:57
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Usuários da Estação Guapituba da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em Mauá, estão preocupados com a falta de iluminação da passarela sobre a linha férrea. Segundo informações da própria CPTM, no dia 18 de janeiro, um curto-circuito apagou todas as lâmpadas deixando a passarela às escuras. Desde então, um jogo de empurra-empurra começou entre Prefeitura e companhia para definir de quem é a responsabilidade pelo reparo.

Alguns usuários afirmam que o problema começou muito antes. Há cinco meses, parte das lâmpadas da passarela apagaram e que no início deste ano todas foram desligadas. O balconista Jorge Luiz Soares, 48 anos, chegou a reclamar na Prefeitura. “Pediram para pegar um protocolo e aguardar”, explicou. Soares, que mora em São Caetano, trabalha em Mauá e utiliza a passarela todos os dias.

Por se tratar de uma passarela fora dos limites da estação, a CPTM informa que a manutenção da passarela é responsabilidade do município. A passagem liga a avenida Brasil, no Parque das Américas, à avenida Capitão João, no Jardim Guapituba. Todos os dias passam pelo local mais de 7,2 mil pessoas, segundo dados da CPTM.

A copeira Maria Aparecida Santos, 50 anos, utiliza a estação e a passarela todos os dias. “Tenho medo de passar aqui com essa falta de luz, corro o risco de ser assaltada, de tropeçar e me acidentar”, afirmou ela, que passava pela ligação às 20h de quarta-feira a caminho de casa. Além das pessoas que utilizam a passarela para embarcar nos trens, moradores locais a utilizam como atalho entre as duas avenidas. A passagem mais próxima do local sobre a linha férrea fica a 500 metros da estação.

Também não há na passarela qualquer policiamento e à medida que o movimento de pessoas no local diminui, aumenta o receio dos usuários em usar a ligação. O açougueiro Arlindo Viana da Silva, 35 anos, é um dos poucos que se arriscam a utilizar a passarela às 5h30 para ir trabalhar. “Por enquanto não fui assaltado, mas fico preocupado em passar de madrugada já que não tem segurança na passarela”, explicou o açougueiro, que diz não ter reclamado ainda sobre a falta de iluminação.

Segundo a CPTM, a administração municipal foi informada de que havia de fazer o reparo no mesmo dia em que os postes espalhados pelos quase 40 metros de passarela se apagaram. Como nenhum reparo foi feito, a companhia fez novo contato. Após quatro queixas, o município enviou uma equipe ao local no início de fevereiro, mas não havia equipamento adequado para fazer os trabalhos.

Em resposta ao problema, a Prefeitura de Mauá informou que os equipamentos para a realização do conserto dos postes já foram adquiridos na última terça-feira. Os trabalhos somente não foram iniciados por falta de andaime que está sendo utilizado em outra obra, o que não possibilitaria a ação. A previsão é que nesta segunda-feira, os trabalhos de recuperação da parte elétrica dos postes comecem a ser feitos. (Supervisão de Andrea Catão)



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