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Ajuda a desestressar, mas pode machucar
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
04/09/2011 | 07:00
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Não há dúvidas de que a prática do MMA ajuda a melhorar a saúde, desestressar e emagrecer - dependendo da intensidade da aula (em geral de uma hora e meia), a queima de calorias pode ser de até 1.000. O grande ‘porém' da categoria ainda envolve a violência dos golpes. As consequências das porradas causam muita polêmica. Não há como negar que a quantidade de sangue e os hematomas impressionam.

Na opinião de Roberto Dantas, mestre em artes marciais, os machucados fazem parte de todos os esportes de contato. "Acho menos violento do que o futebol. Por mais que o cara saia sangrando e nocauteado, depois os adversários se cumprimentam, se abraçam. Há muito respeito." Para controlar a intensidade e a gravidade dos golpes existem árbitro, juízes e médico, segundo Juba, mestre de São Caetano. "As regras devem ser cumpridas. Os atletas estão preparados para chegar até onde podem." Todos são obrigados a passar por exames periódicos, inclusive na cabeça, para serem liberados para a luta.

Entretanto, Raul Santo, fisiologista do esporte, acredita que toda modalidade pode lesionar se for praticada de forma irresponsável. "É fundamental que o atleta de luta tenha programa de treinamento completo", afirma o médico, que considera o MMA extremamente violento. "Não tem capacete para proteção. Não dá para dizer que um soco na cabeça não provoque nada. Do ponto de vista médico, está muito longe de ser saudável." Em junho de 2010, o lutador Michael Kirkham, 30 anos, morreu nos Estados Unidos pelos golpes que recebeu na cabeça. Não foi só ele. Em 1998, Dougla Dedge também morreu após luta.

 

Parece valer tudo, mas MMA tem regras - Como todo esporte, quem pratica MMA precisa respeitar regras, a começar pelos tipos de golpes. Não pode dar cabeçada, morder, beliscar, colocar o dedo no olho, puxar o cabelo, cuspir, golpear a garganta, atacar a região genital, dar cotovelada de cima para baixo, bater nos rins com os calcanhares, pisar no adversário nem derrubar o protetor bucal de propósito, entre outros.

Quem fiscaliza isso é o árbitro, que fica dentro do octógono (estrutura com oito lados cercada por grades), perto dos lutadores. Com a ajuda de um médico, que fica do lado de fora, ele pode encerrar a luta se julgar que o lutador não tem condições de continuar.

Tem ainda três juízes fora do octógono com a missão de analisar os movimentos e dar notas (que variam de 8 a 10) ao final de cada round. Pode acontecer de empatar também. Além disso, um dos lutadores pode desistir, perder por nocaute (quando recebe um golpe que o deixa sem condições de continuar) ou ser desqualificado (quando faz algo ilegal).

Cada combate tem duração de três rounds de cinco minutos, com intervalo de um minuto de descanso entre eles. Lutas mais importantes, que valem títulos e o cinturão, chegam a cinco rounds de cinco minutos. A maioria dos eventos divide os atletas em categorias baseadas no peso (leve, meio-médio, médio, meio-pesado, pesado).




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