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Aluguel de bicicletas amarelas chega à região

Serviço prevê que utilitários fiquem espalhados pelas vias públicas para uso compartilhado

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
04/09/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Para diminuir a poluição, economizar tempo e dinheiro, para praticar atividade física, ou até mesmo por lazer. Estes são alguns dos motivos que levam a população do Grande ABC a explorar sistema de aluguel de bicicletas. Trata-se do Yellow Bike, serviço que chegou à Capital no início de agosto – quando foram espalhadas 500 bikes em modelo dockless, método utilizado na China e na Europa em que os equipamentos ficam travados na rua em que são deixados após o uso – e já vem ganhando adeptos na região.

A equipe do Diário localizou 12 bicicletas espalhadas em pelo menos cinco das sete cidades ontem: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Diadema.

Para utilizar as ‘amarelinhas’, o usuário precisa baixar o aplicativo do serviço, cadastrar um cartão de crédito e efetuar uma recarga. O usuário só consegue movimentar os equipamentos após destravá-los com código. A bicicleta dispõe de GPS que monitora sua localização e evita furtos. A corrida custa R$ 1 a cada 15 minutos.

A presença das bikes pelas ruas da região causou surpresa e curiosidade entre os moradores. Um dos curiosos, inclusive, se assustou quando, ao montar no equipamento – deixado na Avenida Industrial, em Santo André – sem o destravar, observou o disparo de alarme sonoro. O som só cedeu depois que o estudante Davi de Castro, 23 anos, se levantou. “Nunca tinha ouvido falar nisso (bicicletas por compartilhamento). Uma ideia muito interessante. Diminui o uso de automóveis, ajuda a preservar o meio ambiente e o gasto é pouco. Não esperava que algo tão inovador viesse para região. Se houver conscientização, poder dar muito certo”, ressaltou.

A preocupação dos moradores, no entanto, fica na questão da preservação do patrimônio por parte dos usuários. Morador de São Caetano há 40 anos, o aposentado José Francisco Maciel, 63, já havia ouvido falar sobre o sistema, no entanto, não esperava que fosse chegar à região. “Vi a bike amarela travada na calçada de casa e notei que era do aplicativo novo. Acredito que facilite tanto na economia de tempo quanto de custo.”

Animadas, as amigas Gabriela Leal, 21, e Melissa Ferreira, 19, comemoram a nova modalidade. As duas trabalham juntas em São Caetano e fazem academia na divisa do município com Santo André. “Se houver bicicletas no trecho que andamos facilitará muito nossa ida à academia”, comemorou Gabriela.

O PROJETO

A novidade foi implementada por ex-empresários da Caloi e 99Táxi, que viram possibilidade de uso consciente do transporte com custo baixo. O modelo, feito para aguentar impacto, tem quadro de aço e pneu maciço. No entanto, a ideia do grupo é a de que as bikes sejam usadas em percursos curtos de até dois quilômetros.

O projeto, ainda piloto, prevê a expansão e aumento do número dos equipamentos para 20 mil ainda neste ano, e 100 mil em 2019, incluindo regiões periféricas. Em um mês, foram registradas 40 mil corridas. Os ápices de uso são nos períodos da manhã (entre 9h e 11h), horário do almoço (entre 12h e 14h) e à tarde (entre 17h e 19h).

A empresa ressaltou que um dos desafios é a criminalidade. Embora alguns casos de vandalismo tenham sido registrados, a Yellow Bike ressalta que tratam-se de exceções. “Essas ocorrências têm sido abaixo do esperado em nosso planejamento. O que faz com que nada mude nos nossos planos e nas nossas operações”, destacou Eduardo Musa, CEO e cofundador da Yellow.




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