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Supersecretário já arquiteta alianças para Aidan Ravin
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
27/01/2011 | 07:12
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O homem-forte do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), Nilson Bonome, confirmou articulações para alianças na busca da reeleição do chefe do Executivo andreense. Dos partidos que estariam na mira do petebista, 60% já teriam firmado parceria. Bonome que se filiará em fevereiro ao PMDB, confirma entre as siglas cortejadas a própria legenda, o PSL, PHS, PSB, PSDB, PDT e PV.

Na aposta de possíveis concorrentes para o pleito de 2012, Bonome apontou o DEM, PT e PSDC, mas preferiu não sugerir nomes. Todavia, quando aventado o de Miriam Belchior, ministra do Planejamento do governo Dilma Rousseff (PT), foi enfático. "Nunca tive nenhum contato com ela. Mas se o PT determinar que seja a Miriam ou o Lula (Luiz Inácio Lula da Silva - ex-presidente da República) o Aidan vai disputar. Vamos encarar."

O secretário afirmou que a tendência é que os "ânimos se acirrem" daqui em diante. "Na disputa vale tudo, só não vale perder."

Nilson Bonome, conhecido como supersecretário da atual gestão, acumula as secretarias de Finanças, Gabinete e Saúde.

Bonome argumenta que não se sente um supersecretário e justifica que recebeu esse título por conta das atribuições que lhe foram confiadas. "Das 8h às 11h faço visitas a equipamentos e realizo as tarefas necessárias na Secretaria de Saúde. De 11h às 12h despacho na Pasta de Finanças e quando consigo almoço. Nesta semana não consegui ainda", disse rindo, enquanto era indagado se daria conta das três secretarias e se teria fôlego para abraçar mais alguma.

No restante da tarde comentou que normalmente volta para a Secretaria de Saúde. Mesmo estando à frente da Pasta há poucas semanas, Bonome afirma que a Prefeitura canalizará esforços para a área. "O Arnaldo (Augusto Pereira ex-secretário) fez ótimo trabalho na Saúde e sem falsa modéstia também estou fazendo."

Ele ponderou que a partir de segunda-feira a função de articulador político pesará mais e terá que achar meio de conciliar as funções. "As sessões na Câmara voltarão e terei que trabalhar nas articulações também." Bonome deixou explícito que só abriria mão de alguma secretaria se em algum momento for o desejo do prefeito.

FOLHETO

Nesta semana folhetos foram espalhados no Paço de Santo André, além de pontos de grande circulação em São Bernardo e em Mauá. O contéudo do material acusava Nilson Bonome de crimes graves como homicídio, falsificação de documento e participação em facção criminosa. Bonome desmentiu as informações e registrou BO (Boletim de Ocorrência) na Delegacia Seccional de Santo André. A equipe do Diário também apurou os processos apontados no folheto e verificou que nada da lista consta contra o secretário. "Não sei quem fez isso. Mas partiu de pessoas covardes que não têm coragem de me encarar de frente e ainda envolvem meus pais. Estou tranquilo porque não devo nada." (HV)

Político afirma que já passou de onde imaginava na carreira

Desde os primeiros dias do mês, Nilson Bonome assumiu o comando da Pasta de Saúde, além das que tinha as rédeas: Finanças e Gabinete. Na breve trajetória política do secretário com o início do mandato do prefeito Aidan Ravin (PTB) em 2009, Bonome disse ter "aprendido muito" e que o maior obstáculo foi mostrar para os adversários e até a aliados que era capaz de comandar as secretarias. "Pessoas diziam que não iria conseguir ficar no cargo nem 30 dias. E passou 60,120 dias, seis meses, dois anos", alfinetou.

Questionado sobre qual seria seu próximo desejo na vida política, Bonome respondeu que "já passou da onde imaginava chegar. Para mim está bom. Não tenho mais pretensões."
Porém, caso surja convite para concorrer a algum cargo eletivo não desconsidera possibilidade de avaliar proposta. "Vou estudar", comentou.

Há certo tempo sem definir a qual sigla se filiaria, Bonome explicou que a opção por se filiar ao PMDB se deu por conta do bom relacionamento que sempre manteve com o vice-presidente da República, Michel Temer. "Faz tempo que sou amigo do Michel Temer. Por isso, conversei com o prefeito (Aidan) e me decidi pelo PMDB."

O futuro peemedebista rechaçou que a proximidade com Temer e, por consequência, com o governo petista de Dilma Rousseff possa gerar algum tipo de confusão no eleitor do chefe do Executivo andreense.

Para ele, se fosse o caso de haver confusão já teria sido gerada nas últimas eleições. "Acho que se houve alguma confusão por conta da proximidade PSDB e PT já foi superada porque ajudei (nas eleições presidenciais) Michel e acabei ajudando a Dilma. Enquanto que o prefeito fez campanha para o governador Geraldo (Alckmin)." (HV)




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