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Caverna feita pelo homem na serra abriga a ‘segunda’ usina do complexo
Por Wilson Moço
Do Diário do Grande ABC
20/08/2017 | 07:13
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 A expansão da industrialização e o crescimento da população exigiam ampliar a produção de energia elétrica no Brasil para suprir a demanda crescente. Foi assim que, em dezembro de 1952, o sopé e a encosta da Serra do Mar novamente se transformaram em movimentado canteiro de obras e começava a nascer mais uma obra de arte da engenharia: a chamada usina subterrânea de Henry Borden.
Se foi surpresa descobrir que pelos dutos passa água, talvez surpreenda um pouco mais saber que a denominação subterrânea significa que a usina está instalada dentro de uma enorme caverna escavada nas espessas rochas da Serra do Mar, o que pode ser visto em um dos túneis de acesso, deixado sem revestimento. “Ninguém sabe por que deixaram esse túnel assim, com as pedras aparentes. Com certeza não foi por esquecimento, naquelas de dizer ‘depois a gente faz’”, comenta Flávio Anastácio. Provavelmente não tenham revestido para que as futuras gerações pudessem ter a dimensão do trabalho.
E que trabalho. A caverna tem 120 metros de comprimento, 39 de altura e 21 de largura para abrigar seis unidades geradoras, movimentadas pela água que chega do reservatório Rio das Pedras por um túnel de 1.500 metros de extensão e três metros de diâmetro. Toda a obra foi concluída em 1961. Reza a lenda que a opção por instalar a usina em uma caverna teria como objetivo proteger a unidade de futuros ataques por bomba.




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