O mauaense Alessandro ‘Gigante’ Rodrigo experimentou ontem uma das sensações mais incríveis para um esportista. Assim que lançou o disco na terceira tentativa da final sabia que tinha conseguido boa marca. Cego desde 2009 por causa da toxoplasmose, ouviu do técnico João Paulo, de São Caetano, que não só tinha assumido a liderança da prova como batido o recorde da Paraolimpíada com incríveis 43m06, que lhe renderam a medalha de ouro.

Atleta da Apadv (Associação de Pais, Amigos e Deficientes Visuais de São Bernardo), Alessandro, 32 anos, tentou explicar o que sentiu com a confirmação do ouro. “Só quem vive esse momento sabe o quanto é especial. Ganha quem erra menos. Graças a Deus errei menos. Fui feliz com a medalha e o recorde paraolímpico”, comemorou Gigante, como é conhecido.

Disputar a Paraolimpíada do Rio de Janeiro era sonho distante para o mauaense, que só virou atleta em 2013, mas a vitória foi o resultado da sua dedicação. “O esporte ajudou a mudar minha vida e a da minha família. É o que nos faz sorrir. Quando começo a lançar os discos, vejo que é gostoso e cada vez quero mais. Não consigo parar”, explicou Gigante.