O ministro da Economia austríaco, Martin Bartenstein, rejeitou nesta terça-feira a intervenção da União Européia (UE) no conflito entre a Rússia e a Ucrânia sobre o gás.
"Para nós, o problema deve ser resolvido de forma bilateral" através da negociação, declarou Bartenstein, cujo país ocupa desde 1º de janeiro a presidência rotativa da UE.
O contencioso sobre o preço do gás russo "deve ser solucionado" entre Kiev e Moscou, acrescentou.
O ministro austríaco explicou que "o vice-presidente da (empresa russa) Gazprom, Alexandre Medvedev, e um dirigente da (ucraniana) Naftogaz" expressarão suas opiniões a respeito da crise durante uma reunião de especialistas em energia da UE, nesta quarta-feira, em Bruxelas.
Bartenstein advertiu que "a confiança" na Rússia para fornecer gás à Europa "poderá ser seriamente afetada", referindo-se à redução do fornecimento em 40%, o que já afetou a Hungria.
Para a Áustria, "a primeira lição a ser aprendida é que é um fator negativo depender em 60% do gás russo que chega através de um só gasoduto", estimou.
O consórcio estatal russo Gazprom anunciou domingo que estava cortando o fornecimento de gás à Ucrânia por causa de uma desavença sobre o preço. Em seguida, acusou Kiev de "roubar" o gás que passa por seu território com destino à Europa.
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