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Brasileira recebe prêmio para cientistas da Unesco e L'Oreal
Por Da AFP
03/03/2005 | 09:20
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A física brasileira Belita Koiller recebeu nesta quinta-feira, em Paris (França), um dos cinco prêmios concedidos pela Unesco e a empresa internacional de cosméticos L'Oreal destinados a promover o papel da mulher na ciência.

Koiller, professora titular de Física da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), foi recompensada com US$ 100 mil por seus trabalhos de pesquisa teóricas sobre os elétrons em meios desordenados como o vidro. Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico desde 1985 e primeira física titular da Academia Brasileira de Ciências, Koiller é uma reconhecida diretora de teses e inspirou uma nova geração de cientistas brasileiros. Em 2002, foi condecorada com a Ordem Nacional do Mérito Científico pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Koiller é a terceira brasileira que recebe este prêmio, depois da especialista em genética Mayana Zatz, em 2001, e a bioquímica Lucia Mendonça Previato, em 2004.

Nesta quinta-feira, cinco mulheres, uma de cada continente, foram recompensadas com o prêmio: a tunisiana Zohra Ben Lajdar, a americana Myriam P. Sarachik, a japonesa Fumiko Yonezawa e a francesa Dominique Langevin, além de Koiller.

A edição 2005 deste prêmio coincide com a celebração do Ano Internacional da Física, e por isso privilegiou trabalhos de pesquisas da matéria, um campo no qual "as mulheres estão insuficientemente representadas", segundo a Unesco.

Os trabalhos premiados dizem respeito aos campos mais promissores da Física, como a nanociência ou a física quântica. Não se centram apenas em diferentes tecnologias como os semicondutores, a medição da poluição do ar ou a extração de petróleo, mas abrem perspectivas fantásticas à construção de módulos para a Estação Espacial Internacional de Marte ou para a criação do computador quântico, que poderia revolucionar todos os métodos de trabalho atuais.

Além da premiação, criada em 1998, a Unesco e a L'Oreal, que prorrogaram o acordo de colaboração por mais cinco anos, concederam 15 bolsas de US$ 20 mil cada uma a jovens cientistas. Entre elas está outra brasileira, Michelle Lucinda de Oliveira, por sua pesquisa dos cânceres hepáticos, sobretudo a relação entre a retirada do fígado e o desenvolvimento de metástase.




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