De acordo com Carazzai, o interesse das empresas estrangeiras depende, para ser confirmado, da elaboraçao das leis que vao regular a sua atividade e da formaçao da Agência Nacional de Aguas, e da definiçao legal sobre qual circunscriçao administrativa tem o poder de conceder licença para operaçao no setor: o Estado ou o município. O presidente da CEF evitou posicionar-se sobre a segunda questao, mas admitiu ser pessoalmente contra a "fragmentaçao" do serviço de saneamento, com cada município autorizando a operaçao de uma companhia de saneamento diferente.
De acordo com Carazzai, a Caixa Econômica dispoe de R$ 1,2 bilhao de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para investimentos em saneamento, que estao "contingenciados" por falta de empresas aptas para captar o dinheiro. Ele calcula que a CEF teria como dispor de mais R$ 1 bilhao para o setor. "Nao seria difícil para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) arranjar mais R$ 2 bilhoes", acrescentou o presidente da Caixa.
Habitaçao - Durante o congresso, Carrazai confirmou que a Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano (Sedu) enviou para a CEF R$ 450 milhoes de recursos do FGTS para aplicaçao em investimentos em habitaçao. O presidente esclareceu que como os recursos já estavam com a Sedu, nao foi preciso nem aprovaçao do Conselho Curador do Fundo para o envio do dinheiro.
O presidente da Companhia Brasileira de Securitizaçao (Cibrasen), Anésio Abdalla, anunciou hoje a realizaçao de operaçao de emissao de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), no valor de R$ 100 milhoes. Os títulos sao baseados em dívidas de financiamento para a construçao de imóveis.
Os CRIs vao ser baseados em promissórias da CEF, lastreados em 1.286 imóveis, a maior parte deles residenciais, afirmou Abdalla. Ele informou que os certificados serao comprados pelo Banco Itaú. É a terceira operaçao realizada pela Cibrasen, companhia criada para emitir estes títulos, uma nova forma de incentivar o mercado imobiliário.
As outras duas operaçoes foram no valor de R$ 25 milhoes. A intermediaçao da companhia diminui o risco destas operaçoes, explicou Carazzai. No lançamento para o banco Itaú, as CRIs vao receber também um seguro de crédito, a ser feito pela Sasse, a seguradora da CEF, como forma de diminuir este risco.
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