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PAC gera expectativas positivas no Grande ABC
Fabrício Migues
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
18/01/2007 | 21:07
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As entidades de representação de diversos setores da economia no Grande ABC estão com uma grande expectativa em relação ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que será anunciado pelo governo federal na próxima segunda-feira.

Os dados divulgados pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta quinta-feira – menor nível de emprego na indústria paulista desde o início do primeiro governo de Lula em 2003 – reforçam a ansiedade dos empresários da região por melhoras na economia.

O diretor da regional da entidade, Mauro Miaguti, de São Bernardo, espera que o pacote venha contemplar todos os setores e não apenas alguns escolhidos. “Outro ponto importante é a desoneração de investimentos. Esse é um tema que Guido Mantega (ministro da Fazenda) sempre brigou, de não gerar imposto sobre bens e equipamentos para produção e que vão trazer mais empregos e renda”, afirma.

Miaguti acredita ainda que a redução de impostos nos investimentos privados dará fôlego novo às empresas, assim como maiores prazos para o recolhimento de tributos. No entanto, ele não acredita que mudanças na política cambial estejam no texto final do PAC.

O presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo) Valter Moura, se diz um otimista realista com o novo programa. “No Brasil, de uns 20 anos para cá, quando se fala em pacote e medidas, tem ficado no papel. Espero que estejam no PAC três itens: redução da carga tributária, diminuição da taxa de juros, ambos gargalos da economia, e desburocratização”, comenta. “Em 2003, nosso presidente falou do espetáculo do crescimento e isso não aconteceu. Nem espetáculo nem crescimento”, completa.

Para Antonio José Monte, vice-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) e presidente da Coop (Cooperativa de Consumo), o pacote privilegiará investimentos em infra-estrutura. “Parece que no PAC está previsto 0,5% do PIB para isso, que são R$ 11 bilhões. Vejo com bons olhos, desde que o governo não nos engane, e o crescimento no setor privado virá por conseqüência do investimento do setor público”, diz.

Já a diretora do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa) da região do Grande ABC, Josephina Cardelli, anseia por um ano melhor com os incentivos do pacote.

“O ano de 2006 foi difícil para as micro e pequenas empresas em relação a 2005. Esperamos que esse pacote seja um ponto de alavancagem para nosso setor em 2007, que é um dos maiores geradores de empregos na região”, explica.

Josephina reforça que medidas para exportação e facilidades de acesso à créditos são caminhos que ajudariam o setor. “Isso contribuiriamuito para a competitividade”. aposta.




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