Política Titulo Descontrole
Padilha gasta 743% a mais do que arrecada

Candidato do PT ao governo do Estado tem dificuldade para conquistar recursos e tem o próprio partido como principal financiador. Informação é da segunda parcial da prestação de contas divulgadas pelo TSE

Por Gustavo Pinchiaro
Leandro Baldini
07/09/2014 | 06:57
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Andréa Iseki/DGABC


Postulante do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha gastou 743% a mais do que arrecadou, de acordo com a segunda parcial da prestação de contas divulgada ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O petista tem tido dificuldades para angariar recursos e alavancar a campanha. Nas pesquisas, não ultrapassa os 7% de intenções de voto, em terceiro lugar na disputa.

O ex-ministro da Saúde informou ter tido despesas de R$ 35 milhões contra R$ 4,1 milhões coletados no período. O descontrole econômico já havia ocorrido na primeira parcial, quando os gastos (R$ 33,2 milhões) foram 17.476% maiores do que a receita (R$ 188,9 mil). Ao todo, o petista empenhou R$ 68,2 milhões e obteve apenas R$ 4,3 milhões.

O principal financiador da campanha são os próprios diretórios paulista e nacional do PT.
Favorito para arrematar o pleito em primeiro turno, o governador Geraldo Alckmin angariou R$ 14 milhões e teve despesas de R$ 13,8 milhões. Na primeira parcial, o tucano conquistou verba de R$ 5,7 milhões. Postulante do PMDB, Paulo Skaf só não arrecadou mais que o atual governador. O peemedebista garantiu receita de R$ 10,3 milhões. Os gastos chegaram a R$ 10,4 milhões. O primeiro balancete apresentava doações de R$ 4,3 milhões.

NACIONAL
Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) angariou R$ 123,3 milhões, amplamente superior a todas as demais campanhas. A petista empenhou apenas R$ 56,1 milhões. Na primeira parcial das contas, a presidente recebeu contribuição de R$ 9,6 milhões.

Presidenciável do PSDB, o senador Aécio Neves arrecadou R$ 40,6 milhões e desembolsou R$ 40,4 milhões. O primeiro período contou com doações de R$ 8,1 milhões.

Sobre as contas de Marina Silva, que assumiu a chapa do PSB após a morte de Eduardo Campos (dia 13 de agosto), constam na segunda parcial do sistema como sem lançamentos. O nome de Eduardo Campos ainda está presente no levantamento, com R$ 17,4 milhões arrecadados.

Candidato do PV, Eduardo Jorge foi quem apresentou a menor valor recebido, apenas R$ 300, frutos de uma única doação.

As arrecadações de todos os candidatos são oriundas de pessoas físicas e jurídicas. As mais numerosas são provenientes do setor privado, envolvendo bancos, empreiteiras e demais setores. 




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