As obras de arte representam principalmente embarcaçoes, seres humanos e diversos animais, como bois, girafas, hipopótamos e avestruzes, que habitavam a regiao há uns 4.000 anos antes de Cristo, ou seja, bem antes da era dos faraós e das pirâmides.
``Trata-se da capela Sixtina do Egito pré-dinástico, é assombroso', declarou ao jornal o dr. Toby Wilkinson, da universidade de Cambridge, que dirigiu a equipe de arqueólogos britânicos. Esta descoberta abre, em sua opiniao, ``um capítulo totalmente novo no estudo da civilizaçao egípcia e de suas origens'.
Segundo Wilkinson, até os dois ou três últimos anos, as pesquisas se concentravam no vale do Nilo. ``Na realidade, as pessoas nunca tinham pensado na possibilidade de que pudesse haver um tesouro de informaçoes no que agora é o deserto, porque atualmente é muito inóspito e quase inacessível', explicou.
A desertificaçao do Egito começou uns 3.500 anos antes de Cristo, informou o diário. Antes, a paisagem a leste do Nilo era semelhante à da atual savana do Leste da Africa, com numerosos pontos de água e rios em funçao das estaçoes.
Os arqueólogos encontraram as marcas de um povo nômade nao identificado que levava seu gado do Vale do Nilo até o Mar Vermelho. ``Depois, abandonou a savana para instalar-se no vale do Nilo', segundo Wilkinson.
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