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Câmara de Mauá deve aprovar hoje veto de Atila ao 13º aos políticos

Governo aguarda que Casa mantenha proibição ao benefício para esta legislatura

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/02/2018 | 07:00
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A Câmara de Mauá retorna hoje aos trabalhos e o principal projeto na pauta do Legislativo é o veto dado pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB) à concessão do 13º salário e de um terço de férias a agentes políticos da cidade. O governo acredita que a proibição será mantida pela Casa.

No fim do ano passado, o Legislativo de Mauá aprovou a instituição dos benefícios ao prefeito, ao vice e aos 23 vereadores, já valendo para a atual legislatura. O texto previa que o pagamento poderia ser feito em duas parcelas, sendo que a última fatia precisaria, necessariamente, ser depositada até o dia 20 de dezembro.

Atila havia avisado, em dezembro, que iria vetar a medida, alegando que esse não era o melhor momento para a concessão de benefícios financeiros à classe política do município.

Ontem, ao Diário, ele reforçou esse entendimento. “É um momento difícil, para o País e para a população de Mauá, que ainda sofre muito com o desemprego. Creio no bom senso dos vereadores e acredito que eles vão manter o veto”, avaliou o socialista. “Até porque eles (parlamentares) entendem que político trabalha é para o povo e que não tem de ter férias. O político de férias é aquele que foi derrotado nas urnas”, emendou.

O Diário apurou que há entendimento para que o veto seja mantido, até porque a manutenção do projeto que autorizou o 13º salário e um terço de férias a agentes políticos poderia resultar em implicações jurídicas à mesa diretora. Isso porque a Constituição Federal proíbe que reajustes salariais ou benesses nos ganhos sejam aprovados para uma mesma legislatura, sob risco de enquadramento em ações de improbidade administrativa.

O presidente da Câmara e pai do prefeito, Admir Jacomussi (PRP), é pré-candidato a deputado estadual e poderia ter dor de cabeça com a Justiça caso continue com o benefício. Até porque o TCE (Tribunal de Contas do Estado), no fim do ano passado, emitiu comunicado que iria rejeitar prestações de contas de Legislativos que pagassem o 13º salário e um terço de férias para vereadores da atual legislatura. 




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