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Disputa das maquininhas beneficia consumidor
Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
12/09/2010 | 07:13
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Com o fim da exclusividade no mercado de cartões, algumas empresas, como a processadora CSU CardSystem, demonstram interesse em atuar com credenciamento. E, aumentando a competitividade no segmento, cuja maior parte está nas mãos da Redecard e Cielo, o consumidor deve sair ganhando.

Entre as vantagens para os portadores dos plásticos estão o avanço tecnológico acelerado, que propiciaria maior velocidade nas transações e segurança. Também o aumento das facilidades de pagamento, como o número de parcelas, e a inclusão de outras ferramentas disponíveis no terminal, como pagamento por telefone celular.

"Esta é uma facilidade que já trabalhamos com cartões do Itaú como projeto-piloto. O cliente pede o número da maquininha do estabelecimento e liga para efetuar o pagamento", exemplificou o presidente da Redecard, Roberto Medeiros.

As credenciadoras trabalham diretamente com os estabelecimentos. Elas habilitam as empresas para que essas utilizem seus aparelhos de cartões. "O número de parcelas sem juros, nós que negociamos com os credenciados, também", exemplifica Medeiros. Portanto, os estabelecimentos ganhando benefícios com a ampliação da competitividade, é esperado que haja repasse de facilidades aos consumidores.

"O lojista será procurado por mais empresas credenciadoras", destaca o superintendente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), José Alípio dos Santos. Ele afirma que o aperfeiçoamento da concorrência resultará no aumento da qualidade do serviço.

PROCESSO
O mercado de cartões é formado por empresas emissoras, credenciadoras, processadoras e de bandeiras. As emissoras são os bancos e companhias não financeiras, como as varejistas que têm cartões próprios.

As credenciadoras fornecem os terminais aos estabelecimentos, determinam a quantidade de bandeiras e processam a informações entre emissor e comerciante.

As processadoras são responsáveis pelo processamento das informações da parte dos clientes. E as bandeiras, como as conhecidas Mastercard e Visa, ligam, em sistemas eletrônicos, as emissoras e credenciadoras.


Elo terá juros mais baixos e ausência de taxa de anuidade

O juro mais competitivo e a ausência da taxa de anuidade deverão ser dois dos atrativos dos novos cartões de crédito com a bandeira Elo que começam a ser oferecidos em outubro.

Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal, além da própria Elo, passam a emitir plásticos com a nova marca nas próximas semanas de olho nas classes C, D e E. Para isso, o cadastro será bastante simplificado para que trabalhadores informais e pessoas com renda inferior a um salário-mínimo também possam tê-lo.

O cartão explorará o fato de ser totalmente brasileiro, diferencial em mercado dominado pelas bandeiras Visa, Mastercard e American Express. Nacional, a Elo não vai pagar royalties pelo uso de marcas internacionais como as líderes. Isolado, apenas esse fato já reduz um pouco o custo para a operação.

A Elo pretende mudar o cenário da concorrência. Para os bancos, o ideal seria conseguir revirar o mercado, como as instituições públicas conseguiram no segmento de crédito na crise. As partes admitem que não será fácil, já que os cartões têm outra dinâmica e, principalmente, por ser uma operação com menos garantia. (Da AE)




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