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Rato é visitante assíduo no Baeta Neves
Bruno Ribeiro
Especial para o Diário
27/12/2005 | 08:54
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Moradores da rua Maria de Fátima, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo, têm recebido visitas inconvenientes. Os visitantes roem as frutas da fruteira, se escondem dentro do fogão e chegam até a destruir a tela de nylon colocada na janela da cozinha. São ratos de cerca de 30 centímetros, que acabaram com o sossego de pelo menos três casas. Chamado pelos moradores, o Centro de Controle de Zoonoses afirma que só pode enviar uma equipe técnica ao local daqui a um mês.

De acordo com a descrição dos moradores, os animais não seriam os ratos de telhado, que infestam diversos bairros de Santo André. Eles não andam grudados na parede, mas entram nas casas também pelas janelas. São animais maiores, mais gordos, como os ratos de esgoto. "Acho que eles vêm de um terreno público que passa aqui atrás", diz o gerente de qualidade Carlos Augusto Aiala Garcia, 41 anos, morador da rua. Ele conta que, desde domingo retrasado, os animais aparecem na cozinha de casa, obrigando a família a mudar a rotina. "Acordei e vi a despensa aberta. Fechei a portinha e fui trabalhar. Nem reparei que eles tinham roído diversas frutas de casa e a comida que tínhamos guardada", conta.

A mulher de Garcia, Arlete Aparecida Rodrigues Aiala Garcia, diz que os ratos levaram um pedaço de banana para dentro do fogão, onde a comeram. "Eu precisei desmontar o fogão para tirar a banana de lá. Encontrei pedaços do veneno que coloquei lá também, acho que os ratos comeram, mas não fez efeito. Então, instalei uma tela de proteção para que os ratos não entrassem na cozinha pela janela. Não adiantou. Eles a roeram. Na quinta-feira, percebi que eles tinham comido até uma parte do abacaxi que estava na fruteira", diz o gerente.

Duas casas acima na mesma rua, a professora Carolina Sanches Arctico, 23 anos, diz que sua família já pegou mais de 30 ratos este ano dentro de casa. "Eles fizeram um ninho dentro do motor da esteira de ginástica", que fica no fundo da casa. Ela afirma que havia dois filhotes naquele local quando a família o descobriu. Depois disso, usaram diversos tipos de venenos e armadilhas para exterminar a praga.

A Prefeitura afirmou que o Centro de Controle de Zoonoses irá até a rua, mas não informou prazo para que isso aconteça. Caso o foco de proliferação dos roedores seja um local público, será realizada a desratização. Entretanto, a Prefeitura informou que não realiza desratizações em propriedades particulares, caso o foco do problema seja uma das casas.




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