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Estudantes de escola pública de Sto.André vencem gincana na TV
Por Fabio Leite
Especial para o Diário
03/12/2005 | 08:20
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Foram cinco semanas debruçados sobre livros e cadernos. Mais de um mês mergulhados na litaratura e desvendando enigmas. Valeu a pena. Depois de serem postos à prova inúmeras vezes, três estudantes da EE Dr. Luiz Lobo Neto, em Santo André, puderam comemorar na última quarta-feira o triunfo no programa Quarta Viva (Rede Canção Nova – canal 40), apresentado pelo secretário de Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita.

Exibido todas as quartas-feiras entre 22h e 24h, o programa traz a cada semana uma competição de conhecimento entre escolas da rede pública de várias cidades do Estado. Representando o colégio andreense, os irmãos Bryan Leonard de Freitas e Clayton Noronha de Freitas e o colega Luiz Alberto Barros da Silva, todos com 16 anos, superarem todas as fases da disputa. Com a vitória, a equipe disputará no dia 21 deste mês uma final com todas as escolas que venceram cinco vezes consecutivas.

“Foi uma surpresa. No começo me sentia no dever de estudar e acabei errando as duas primeiras. No segundo programa eu já estudava por prazer e só queria provar para mim mesmo que eu poderia continuar”, relatou Bryan, líder da equipe, que ganhou um Notebook. Aluno do 3º ano do ensino médio, ele ficou encarregado de responder as perguntas referentes a literatura e religião.

Para representar bem a escola na disputa, o estudante estudou com afinco. Teve de devorar cinco livros, um a cada semana, e a biografia de seus respectivos autores, além de interar-se das histórias de santas da Igreja Católica. Entre as obras estavam Primo Basílio, de Eça de Queirós, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

Para tanto, disse, contou com o apoio de professores, familiares e dos próprios colegas de equipe. “Recebia as informações do programa sexta à noite e tinha quatro dias para estudar tudo. Aprendi um método de aprender ensinando”, afirmou. Nunca fui tão chegado a literatura, mas o programa me incentivou bastante”, completou.

Pelo caminho ficaram escolas de São Bernardo e Diadema em disputas que também envolviam gincanas. Mas toda a tensão e nervosismo ficaram concentrados para o dia 1º, último fase da disputa. “Estávamos muito nervosos. O Bryan errou as duas primeiras, mas depois conseguiu se superar. Foi empolgante e até choramos no final”, lembrou Luiz Alberto que, junto com Clayton, o único do 2º ano, ficou responsável de resolver os enigmas de exatas.

Não foi por acaso que os três foram os escolhidos para representar a escola. As notas e a disciplina foram determinantes para a seleção da equipe. “A coordenadora me ligou e disse que o conselho da escola se reuniu e havia me indicado. Ela disse que se não aceitasse viria em casa me convencer. Depois chamei os meus amigos para saber se queriam participar comigo”, conta.

As disputas eram acompanhadas apreensivamente pelos colegas da escola. E o reconhecimento vinha com as vitórias. “A cada programa é como se conhecesse mais gente. O pessoal me parabenizava”, disse Bryan. Mas a maior lição, segundo Clayton, foi ter aprendido muito em tão pouco tempo. “Além de nos ter incentivado a estudar, o programa fez com que aprendessemos muito em pouco tempo”, reiterou.




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