O Hemocentro Regional do Grande ABC, localizado na Vila Euclides, em São Bernardo, opera com estoque pela metade: 1.000 bolsas de sangue. A quantidade é suficiente para abastecer seis hospitais da região somente por oito dias. O mínimo necessário para atender a demanda do grande ABC é de 1.500 bolsas.

A gerente da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), que administra os bancos de sangue da região, atribui a baixa movimentação de doadores ao frio e às férias. "Nunca entendemos o motivo, acho que pessoal prefere não sair de casa. Nessa época o movimento despenca em até 30%. Agora, a doação que entra logo sai, quase não há estoque", explica Solange Rios.

Aos sábados, dia que registra maior procura por doações, a média de arrecadação é de 320 bolsas em toda região. No fim de semana, apenas 160 colaboraram nos postos de coleta.

Para tentar alavancar as doações, a Colsan realiza campanhas em parceria com o Corpo de Bombeiros e empresas de ônibus. Além disso, funcionários estão fazendo contato com doadores fixos e espontâneos cadastrados no hemocentro. O banco de sangue precisa, principalmente, de doações de sangue tipo O positivo e negativo, além dos tipos A e B negativo.

Para ser doador é preciso ter entre 16 e 67 anos, ter acima de 50 quilos, não estar em tratamento médico, ter boas condições de saúde e apresentar documento com foto. Antes de doar, é preciso estar alimentado. Menores de idade precisam ser acompanhados pelos pais ou responsáveis para autorização. O indicado é que homens doem a cada 60 dias e mulheres, a cada 90.

O Hemocentro Regional abastece em São Bernardo o Hospital Municipal Universitário, o PS Central e o Hospital Anchieta. Em São Caetano dependem da unidade o Complexo Hospitalar Márcia e Maria Braido. Já em Santo André recebem doações o CHM e o Hospital Estadual Mário Covas. Informações pelo telefone 4332-3900.