Vira e mexe um brasileiro aparece no futebol de todos os cantos do mundo. Alguns chegam a jogar mundiais e, por aqui, são desconhecidos. A Suíça foi o destino do zagueiro Cléber, hoje no São Caetano, que passou por lá e defendeu o Yvedon, em 2002. No país da sede da Fifa (a entidade que rege o futebol no planeta), tudo funciona com perfeição - mas pouco talento. Tanto que o país esteve fora das últimas duas edições da Copa do Mundo: na Coréia do Sul e no Japão, em 2002, e na França, em 1998. Agora, de volta à elite, os suíços querem ser a grande surpresa do grupo G.

Com dez equipes, o campeonato principal no país é a Superliga Suíça, que tem como principais atrações os times do Basel e do Grasshoppers. Pouco a acrescentar, a não ser o fato de, em 2008, a Suíça ser co-sede da Eurocopa, junto da Áustria.

A Suíça tem pouco que acrescentar ao Mundial quando o assunto é bola no pé. Mas o talento de Vonlanthen, de 20 anos, é a grande esperança. O atacante foi o jogador mais jovem a marcar um gol em uma Eurocopa, o único dos suíços em 2004, contra a França. Na época, o artilheiro tinha 18 anos.

Vonlanthen, no entanto, não deverá fazer da Suíça uma força na Alemanha. O país, que já teve sete participações em mundiais, conseguiu, como melhor posição, chegar às oitavas-de-final em 1994, nos Estados Unidos. Muito pouco para quem, no começo do século passado, era uma das melhores do futebol mundial, conquistando, inclusive, a medalha de prata na Olimpíada de 1924, vencida pelo Uruguai.

Na última eliminatória, os suíços ficaram em segundo lugar no grupo 2, com a França em primeiro. Mas não conseguiu classificação direta e teve de disputar a repescagem contra a Turquia, vice-campeã do grupo 4. Era o maior de todos os desafios, já que os turcos haviam terminado a Copa de 2002 em terceiro lugar.