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Livro promove mergulho na vida do cantor Lou Reed
Vinicius Castelli
Do Diário do Grande ABC
07/06/2016 | 05:42
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Reprodução


Filho de pais conservadores que mandaram o jovem filho a um médico por perceberem seus sentimentos homossexuais e instabilidade emocional. O resultado: tratamento com sessões de eletrochoques por 52 dias em Lou Reed (1942-2013), figura que tomou para si a rebeldia e se rebelou contra tudo o que precisou. O artista tem sua vida contada com riqueza de detalhes em biografia que chega agora ao Brasil.
Transformer – A História Completa de Lou Reed (Editora Aleph, 512 páginas R$ 62, em média), obra assinada pelo veterano autor britânico Victor Bockris, revira as inconstâncias do artista que foi líder de uma das mais importantes bandas do cenário artístico norte-americano, o Velvet Underground, trabalho realizado ao lado de outra emblemática figura, a cantora Nico e o contrabaixista John Cale.
Nome que, mesmo sem saber, antecipou a liberdade de expressão e também foi precursor do que mais tarde serviria de inspiração para o cenário punk, de certa forma. Além dos problemas que enfrentou por não ser compreendido na juventude – as oito semanas de sessões de eletrochoques lhe renderam pesadelos, medo de dormir e dores, para dizer o mínimo – o livro narra do surgimento do Velvet, que aconteceu quando Reed conheceu Cale, em 1965. Os primeiros encontros, no apartamento do contrabaixista, em Manhattan, em Nova York, e a criação de uma nova linguagem musical também estão no livro.
Artista que pregava de forma avassaladora a transformação artística – ele sempre foi o que bem entendeu e sempre gostou de abordar tabus – e que não seguiu nenhum padrão, o cantor e compositor teve também forte amizade com o artista plástico Andy Warholl, um dos criadores da chamada pop art. O incidente em que Warholl foi baleado, no fim dos anos 1960, também ilustra as páginas do livro.
O autor conta também dos shows realizados com Patti Smith e David Byrne e traz relatos de amigos de Reed, como John Cale, Andy Warhol, Nico, Laurie, Anderson, William S. Burroughs e David Bowie.
A ascensão artística de Reed, o lançamento e os holofotes que ganhou na carreira solo com o disco Transformer, seu maior clássico, também são retratados na obra. Até mesmo o tão criticado disco Lulu, trabalho lançado em 2011, dois anos antes da morte do cantor, ao lado da banda Metallica é citado. 




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