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Vereadores do PDT correm risco de expulsão da sigla
Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
03/01/2013 | 07:00
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Por contrariarem a orientação da executiva municipal do PDT, os vereadores recém-empossados de Santo André Lobo e Cosmo do Gás correm risco de expulsão da legenda e, consequentemente, as perdas dos mandatos por infidelidade partidária. O cenário se figurou após os parlamentares votarem em Donizeti Pereira (PV) para presidência da Câmara, enquanto a orientação do partido era pelo apoio à candidatura de José Montoro Filho, o Montorinho (PT).

O resultado da votação em 11 a 8 para o verde causou saia justa para o presidente do PDT andreense, Adonis Bernardes, que conversou com a cúpula petista após a votação na Casa.

A agremiação pedetista tem duas secretarias na administração petista, com o ex-prefeiturável Raimundo Salles no segmento de Cultura e Cícero Martinha, em Trabalho.

O mandatário do diretório municipal admitiu que foi pego de surpresa quando recebeu a informação de que Cosmo e Lobo votaram no verde. "Acho que é surpreendente, porque estávamos com a orientação do partido (em votar no Montorinho) e eles não obedeceram a executiva (municipal). Cometeram uma falha grave", avaliou.

Até o fim de semana, Montorinho tinha como certo dez votos necessários para se eleger, embora Tiago e o presidente do PT andreense, Luiz Turco, buscassem adesão de outros vereadores. Mesmo com Sargento Juliano e José de Araújo (ambos do PMDB) não empossados por determinação da Justiça Eleitoral, a cúpula petista queria chegar aos 11 sufrágios para evitar questionamentos, quando o imbróglio recebesse a decisão do Poder Judiciário.

Além dos dois parlamentares do PDT, estavam acertados em torno da candidatura de Montorinho os outros quatro vereadores do PT, Tonho Lagoa (PRP) e Bispo Ronaldo (PRB). O décimo apoio, ainda guardado na ocasião, revelou-se ser de Roberto Rautemberg (PTB). No entanto, a debandada pedetista reverteu o quadro a favor de Donizeti.

Com isso, Adonis admite o descontentamento com a postura dos parlamentares, que será tema central da próxima reunião do PDT municipal, a princípio, marcada para semana que vem.

O líder pedetista evita comentar sobre possível expulsão dos parlamentares, alegando que o primeiro passo será ouvir a defesa dos vereadores. Mas, o partido já prepara levantamento jurídico para avaliar a permanência de Cosmo e Lobo no PDT e se tomarão os mandatos. "Preciso de um parecer jurídico para saber qual a extensão da gravidade do problema para ver se episódio pode ser considerado como infidelidade partidária", disse.

Caso Cosmo e Lobo percam os mandatos, o próprio Adonis assume a cadeira, como primeiro suplente, junto com o ex-vereador Carlos Ferreira.




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