Setecidades Titulo Transtornos no pós-balsa
Travessia João Basso apresenta problemas no funcionamento

Entregue em outubro de 2018, balsa ampliada recebe críticas dos passageiros

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
24/08/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Instalada há menos de um ano, a balsa ampliada na travessia João Basso, no Riacho Grande, em São Bernardo, já apresenta problemas de funcionamento. Passageiros relatam que o equipamento quebrou pelo menos três vezes neste mês, o que impede que moradores dos bairros do pós-balsa consigam seguir viagem. Nestas ocasiões, apenas pedestres que se dispõem a pagar R$ 5 aos barqueiros conseguem realizar a travessia.

A equipe do Diário foi até o local ontem e presenciou uma falhas de operação. Por volta das 9h, o cabo de aço da plataforma estourou e a balsa ficou parada por volta de duas horas. Voltou a funcionar perto das 11h20. A embarcação suporta até 40 veículos e 400 passageiros por viagem, capacidade duas vezes maior à da antiga balsa.

O salva-vidas Guilherme Santos, 20 anos, utiliza a travessia todos os dias para trabalhar e conta que em menos de um mês é a terceira vez que a balsa quebra e prejudica os passageiros. “Como faço as viagens a pé, percebo que quando ela (a balsa) está funcionando normalmente, os carros são ainda mais privilegiados nas viagens. Até dez minutos estão embarcando, mas os pedestres esperam esvaziar a fila de carros e depois embarcam”, lamenta.

O pedreiro Domingos Sávio, 52, também precisa da balsa diariamente para trabalhar e ressalta que, quando a plataforma apresenta problema e para de funcionar para manutenção, os carros desistem da passagem e tentam outro caminho. “Da última vez que quebrou, soubemos que foi para limpeza e troca de motor da balsa e, mais uma vez, nos atrasamos ou precisamos encontrar outro caminho para fazer e chegar ao nosso destino”, pontua.

Presidente da Colônia de Pescadores, Vanderléia Rochumback, 51, comenta que, quando existem esses problemas técnicos, ela é acionada para auxiliar as viagens dos pedestres. “Hoje (ontem), por exemplo, fizemos cinco viagens, mas da última vez ficamos mais de duas horas ajudando as pessoas que precisavam fazer essa travessia”, conta. Vanderléia, que ainda comenta que o valor por viagem sai R$ 5.

A Prefeitura de São Bernardo, por meio da ETC (Empresa de Transportes Coletivos), informou que o problema foi devido ao rompimento de um dos cabos de tração do equipamento e reforçou que a manutenção do sistema é feita por parte da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) com fiscalização da ETC.

Em nota, a Emae comunicou que as equipes de manutenção foram acionadas e fizeram a substituição do cabo. No dia 24 de julho, o motor a diesel apresentou defeito, sendo substituído. “As causas das intercorrências estão sendo apuradas. A empresa realiza manutenções preventivas uma vez por semana, sempre no período da madrugada, para identificar a necessidade de intervenções”, observou.




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