O presidente em exercício no Santos, Marcelo Teixeria, derrotado na eleição de sábado, abriu as portas do clube para que a equipe de transição de Luís Álvaro Ribeiro começasse a trabalhar ontem. As desencontradas informações duraram dois dias. Teixeira chegou a divulgar nota oficial para rebater os boatos de que, antes de passar o cargo, poderia negociar o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Neymar. À tarde, Teixeira e Ribeiro mantiveram conversa de 40 minutos pelo telefone.

"Tentei falar com Marcelo no domingo e não consegui. Ele tentou falar comigo na segunda e, como eu estava no Rio, no Fórum Internacional do Futebol, recebi a ligação e na hora não percebi que era dele. Hoje (ontem), nos falamos. Conversamos cordialmente e em nome dos interesses do Santos", disse Luis Álvaro.

Como Teixeira viajou ontem a Dubai para acompanhar o Mundial Interclubes da Fifa, na condição de membro do comitê organizador, o vice Norberto Moreira da Silva e o presidente do Conselho Deliberativo do Santos, José da Costa Teixeira, representam a diretoria no processo de transição.

A maior preocupação dos novos dirigentes é com o departamento de futebol. Eles querem fazer um mapeamento completo do departamento para saber quais jogadores estão com contrato vencendo para depois decidir quem sai e quem continua. A pressa tem uma explicação: Luis Álvaro acertou os principais detalhes da contratação de Dorival Júnior para ser o técnico santista nos dois próximos anos.

E ele vai precisar do levantamento interno para começar a montagem do Santos 2010, que estreará no Paulista no dia 17, contra o Rio Branco, fora.

Por enquanto, Luis Álvaro prefere não acenar com grandes contratações. Ao contrário: promete baixar bem a folha do futebol, que é de R$ 3,5 milhões por mês. "É um valor muito alto e que não faz o menor sentido para um time que ficou em 12º lugar no Brasileiro. Na conversa com Dorival, fiquei sabendo que a folha do Vasco é de R$ 1,05 milhão. E olha que no elenco tem alguns jogadores caros, como o Carlos Alberto", finalizou.