Economia Titulo Aumento de 7%
Construtora apresenta contraproposta para trabalhadores da região
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
21/05/2009 | 07:00
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A fim de encerrar a greve dos cerca de 500 trabalhadores da construção civil em São Caetano, que teve início na semana passada, a construtora Rossi apresentou ontem uma contraproposta para o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Mobiliário Solidariedade.

Em vez do reajuste salarial de 10% solicitado pelos funcionários, a companhia ofereceu 7% de aumento real nos salários. Isso significa que os funcionários não qualificados (que correspondem aos ajudantes de obra) passam a receber R$ 781,88. Antes o salário era de R$ 730,40.

Já os trabalhadores qualificados (como eletricistas, pedreiros e carpinteiros), de acordo com a empresa, recebem ainda neste mês R$ 941,60, mais um bônus de R$ 51,79. A partir de junho, o salário soma com a bonificação e passa a ser de R$ 993,39. Essa classe até então recebe R$ 928.

"Esse reajuste é importante já que serve de base de cálculo para o próximo dissídio da categoria, que acontece sempre em maio", explicou o diretor de convenções coletivas do sindicato, Omar Besano.

A proposta foi aceita inicialmente, na tarde de ontem, pelas seis empresas (empreiteiras) que prestam serviços à Rossi na região. Amanhã, será realizada assembleia com os trabalhadores dessas empresas para que eles possam dar o voto final em relação ao acordo.

Quanto aos dias em que os trabalhadores mantiveram a paralisação, a construtora informou que não serão descontadas as horas.

Segundo a entidade sindical, cerca de 5.000 trabalhadores da construção civil de São Caetano já conquistaram pisos salariais diferenciados das demais regiões do Estado de São Paulo.

"Inicialmente a greve parou 4.000 funcionários na cidade. Hoje, só falta fecharmos acordo com a Rossi, que estava analisando as propostas e agora nos posicionou com sua proposta", esclareceu Omar.

Na terça-feira, o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) convocou reunião para tratar o assunto. Segundo o vice-presidente de relações capital-trabalhistas, Haruo Ishikawa, o movimento é inoportuno, uma vez que a entidade sempre esteve aberta à negociação.

(Colaborou Michele Loureiro)




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