Com o enredo Sou Rei Sou Salgueiro, Meu Reinado é Brasileiro, o carnavalesco Mauro Quintaes procurou contar a história da chegada da família real portuguesa ao Brasil com uma visao um pouco diferente da tradicional.

O desfile foi teatralizado, contando com muitos grupos de atores coreografias e gestos ensaiados. O carnavalesco aproveitou também para fazer alusoes a carnavais passados da escola. O mestre-sala e a porta-bandeira usaram uma roupa que remetia ao enredo Xica da Silva, que deu o campeonato ao Salgueiro em 1963.

No fim do desfile, a escola quase enfrentou um sério problema. O antepenúltimo carro, O Baile, demorou cerca de quatro minutos a entrar na avenida porque o guindaste nao conseguia colocar os destaques no alto da alegoria. Um buraco chegou a se abrir em frente ao setor 1, mas foi rapidamente coberto.

Um dos maiores destaques da escola do Morro do Salgueiro, na Tijuca, na Zona Norte, foi a Feiticeira, que desfilou encarapitada no carro Abertura dos Portos. "A palavra- chave é ansiedade e felicidade", disse a modelo, minutos antes de entrar na avenida, enumerando dois vocábulos.

A Feiticeira desfilou representando as especiarias do oriente. No fim do desfile, a descida da modelo do carro alegórico causou confusao e, por pouco, nao atrapalhou a dispersao da escola.

Preocupados, diretores da escola ordenaram que ela fosse retirada rapidamente. Mas uma multidao de curiosos dificultou o trabalho dos vinte seguranças que formaram um cordao de isolamento em torno da modelo para levá-la até o camarote do portal da Internet IG. A Feiticeira, que desfilou apenas com uma minúscula calcinha e um véu cobriu-se com um roupao preto para transitar pelo Sambódromo.