O vice-embaixador da Coréia do Norte nas Nações Unidas, Han Song-Ryol, declarou que seu país consideraria sanções internacionais contra Pyongyang um "ato de guerra".

Os Estados Unidos, a França, a Grã-Bretanha e o Japão apresentaram nesta sexta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um projeto de resolução prevendo sanções financeiras contra a Coréia do Norte, sob o risco de serem rejeitadas por Pequim e Moscou.

O embaixador do Japão na ONU, Kenzo Oshima, apresentou formalmente o texto invocando o capítulo VII da Carta das Nações Unidas, abrindo o caminho de sanções e até, em último caso, a um recurso à força.

"Esperamos que seja adotado por unanimidade pelo Conselho quando for submetido à votação", declarou Oshima à imprensa, esperando que o documento seja votado a partir deste sábado.

Já o embaixador da França nas Nações Unidas, Jean-Marc de la Sablière, que preside o Conselho de Segurança em julho, confirmou a votação da resolução, mas não precisou quando, destacando que a data será submetida a negociações suplementares.

Sobre a questão de saber se a China se oporia ao veto apoiado pelos Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha, De la Sablière respondeu "espero que não".

O embaixador da China na ONU, Wang Guangya, preveniu que "se o projeto for apresentado à votação, não teria a unanimidade no Conselho de Segurança". "Todas as opções estão abertas", respondeu ao ser perguntado sobre se a China teria a intenção de usar seu direito de veto.

A China --que fornece à Coréia do Norte, um dos países mais pobres do mundo, uma ajuda financeira e energética -- e a Rússia, também membro permanente do Conselho de Segurança com direito a veto, se opõem a sanções contra Pyongyang e desejariam um texto mais leve.

O embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Bolton, destacou por sua vez que é "importante a resolução fazer referência ao capítulo VII", porque os tiros de mísseis disparados pala Coréia do Norte representavam uma ameaça à paz e à segurança internacionais.