Prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB) saiu em defesa do resultado eleitoral do dia 7, em que a cidade não elegeu nenhum deputado pela primeira vez em sua história. O tucano fez autocrítica sobre falta de união dos governistas, mas refutou ser o responsável por buscar esse consenso.

“Talvez o erro do grupo foi não ter conseguido se unir em torno de uma só candidatura (a estadual e a federal), ou de uma só dobrada. Aí não é papel do prefeito impor isso. É papel do grupo identificar essa falha, porque política se faz em grupo e não de forma individual”, avaliou o tucano, que recebeu críticas internas por permitir apoio a várias candidaturas, como as dos vereadores Almir Cicote (Avante), Professor Minhoca (PSDB), que buscaram cadeira na Assembleia Legislativa; e de Edson Sardano (PTB) e Ailton Lima (PSD), que saíram a federal.

Paulo Serra destacou ainda que, embora os candidatos andreenses não tenham conseguido êxito neste pleito, “Santo André não perdeu força eleitoral”. “Se a gente somar as candidaturas, as votações para candidatos de centro-direita (neste pleito), e comparar com os resultados das últimas eleições, a gente vai ver que o voto andreense ficou na cidade. A gente se fortaleceu, independentemente de êxito. Estamos em um processo de construção, e isso leva tempo”, analisou o prefeito, que também criticou a atuação dos nomes da cidade eleitos em 2014. 

“Na prática, Santo André já não tinha deputado há muito tempo”, disse, ao rejeitar também a comparação com o grupo do governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), que viu seu vice, Márcio da Farmácia (Podemos), conquistar vaga na Assembleia. “Essa vitória (em Diadema) só veio depois de seis anos de governo Lauro. Eu tenho dois.”