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Embalada, Seleção Brasileira mostra nova cara na Rússia

Após dois anos sob o comando de Tite, time supera vexame dos 7 a 1 e quer escrever outra história na Copa

Anderson Fattori
17/06/2018 | 07:00
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lucas Figueiredo/CBF


Os dois anos de trabalho do técnico Tite à frente da Seleção Brasileira serão colocados à prova a partir de hoje, na estreia da Copa do Mundo, às 15h, contra a Suíça, na Arena Rostov. Por mais que não haja dúvidas em relação à parte técnica e organização tática, a expectativa é saber como o Brasil irá se comportar mentalmente diante de tanta pressão pelo favoritismo e contra adversários que vão exigir grande dose de paciência.

Por mais que jogadores e comissão técnica tentem desassociar esta equipe da que perdeu por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal em 2014, é quase impossível não relacionar Brasil em Copa do Mundo com o fiasco em casa. Nada que uma boa vitória, daquelas de lavar a alma, para recuperar o prestígio. O retrospecto até aqui – entre Eliminatórias e amistosos – é de invejar. Em 21 partidas, o Brasil somou 17 vitórias, três empates e apenas uma derrota. São 16 jogos sem sofrer gol.

A Seleção vai precisar da individualidade do quarteto ofensivo para superar a consistente marcação dos suíços, que assumem: vão jogar por uma bola. Os últimos amistosos contra Croácia (2 a 0) e Áustria (3 a 0) deram resposta satisfatória, já que esboçaram exatamente como deve ser o jogo de hoje.

Tite vai repetir o time que disputou os últimos dois amistosos. Assim, abre mão de Douglas Costa em nome do entrosamento e do encaixe perfeito entre Willian e Philippe Coutinho com Neymar e Gabriel Jesus. Que o Brasil mostre sua cara em Rostov e que ela seja a que o torcedor se acostumou a ver nos últimos dois anos.

Neymar garante estar maduro e promete manter cabeça no lugar
Uma das principais preocupações do Brasil é com Neymar. Não com a fissura do quinto metatarso do pé direito, que parece superada, mas sim com seu comportamento diante de marcadores cada vez mais agressivos e até violentos. Mais experiente, o craque promete manter a cabeça no lugar.

“Isso (revidar) é passado, pode ficar tranquilo. Eu vou ficar nervoso, mas não vou descontar, não. Não posso dar esse presente para eles (marcadores)”, disse o craque ao canal Desimpedidos, do YouTube. O atacante acredita que o Brasil de 2018 é melhor comparado ao de 2014. “Acho que essa Seleção está mais preparada do que a outra. Estamos em crescente muito boa, temos jogadores de peso. Acho que será importante para todo mundo. Estou mais maduro. A idade mudou, estou mais preparado”, garantiu Neymar.

Suíça aposta em Shaqiri; volante diz que parar astro do Brasil é impossível
Se tem um jogador da Suíça com quem o Brasil deve se preocupar ele atende pelo nome de Xherdan Shaqiri. Meia-atacante do Stoke City, da Inglaterra, ele é o homem de referência da equipe desde a Copa de 2014, quando fez três dos sete gols dos suíços na competição.No esquema do técnico Vladimir Petkovic, ele tem liberdade para flutuar na intermediária e como dono do time, finaliza a maior parte dos ataques.

Outra preocupação da equipe de Tite é com a retranca suíça. Jogadores não escondem que vão até Rostov em busca do empate e sem medo de jogar feio. Ontem, Valon Behrami, volante, arrancou gargalhadas dos repórteres ao desejar que “Neymar tenha dia ruim”. Segundo ele, “em duelo cara-a-cara, Neymar é imparável.”




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