Presidente nacional licenciado do PRB e ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira afirmou que o partido só deve definir os apoios em níveis federal e estadual perto do prazo final de registro de candidaturas, em 15 de agosto.

Na visão do dirigente, existe impasse nas discussões sobre uma candidatura de centro à Presidência da República. “Propus que reuníssemos todo o espectro de centro, os presidenciáveis e presidentes de partidos para fazermos uma discussão de viabilidade eleitoral, analisando potencial de votos, rejeição e aprovação. Mas, antes disso, já lançar um manifesto para a sociedade e, lá na frente, quem tivesse maior viabilidade seria o candidato e do consenso sairia o vice. Mas os partidos acham que está cedo”, comentou ele, que participou ontem de encontro regional do PRB, em Santo André.

Pereira, por sua vez, não descarta levar adiante a candidatura do empresário Flávio Rocha, que acertou filiação à legenda neste ano e negou que o presidenciável possa ser vice do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). “Esta conversa com outros partidos está de comum acordo com ele (Flávio). Achamos que por não ser tão conhecido tem potencial de crescimento. A avaliação de nossas pesquisas é boa. E também não foi conversado sobre ele ser vice do Alckmin. O partido tem disposição para manter a candidatura e conseguir alianças e aumentar tempo de rádio e TV”, prosseguiu.

Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do governo do presidente Michel Temer (MDB) até janeiro, ele destacou ainda que a sigla tem mantido conversas com os candidatos ao governo de São Paulo, o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), o empresário Paulo Skaf (MDB) e o governador Márcio França (PSB). “Fizemos rodada de conversas com os três, levando bancada de deputados estaduais e federais e o presidente estadual. Mas não está definido ainda, até julho possivelmente bateremos o martelo”, concluiu. Nesta semana surgiram especulações de que o PRB havia definido apoio a Doria, informação refutada por Pereira.

As projeções da sigla são chegar a oito deputados federais (atualmente são seis) e cinco estaduais. Sobre o quadro regional, o presidente nacional do partido citou as candidaturas de José Bittencourt, deputado estadual por três mandatos, e do ex-prefeiturável de Santo André Nilson Bonome, que devem fazer uma dobrada.