pós confirmar que não irá renovar o patrocínio de R$ 1,8 milhão por ano que mantinha com a Prefeitura de São Bernardo para as equipes de ginástica e atletismo – vence em agosto –, a Caixa, por meio de nota, disse que está avaliando também a parceria com a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).

Diante dos escândalos recentes de abuso sexual e de assédio moral que teriam sido cometidos pelo técnico Fernando de Carvalho Lopes no Mesc (Movimento de Expansão Social Católica) de São Bernardo e na Seleção Brasileira, a instituição financeira avalia a continuidade do acordo assinado em 2017 e que pretende injetar R$ 20 milhões nos cofres da CBG até 2020.

“A Caixa esclarece que há cláusulas que resguardam a Caixa e o interesse público por ela tutelado enquanto entidade patrocinadora. A Caixa está avaliando as medidas cabíveis para a correta verificação dos fatos e consequências pertinentes”, diz a nota enviada ao Diário.

A Caixa é o maior parceiro da CBG e a saída seria trágica para a ginástica em pleno ciclo para a Olimpíada de Tóquio, em 2020. Além dos R$ 5 milhões anuais que recebe da estatal, a outra fonte de renda da confederação são os recursos da Lei Agnelo/Piva, que tem previsão de reforçar em R$ 4,2 milhões o cofre da entidade em 2018.

EM ALTA
Alheios às polêmicas, alunos de 20 escolas da Grande São Paulo participaram do Circuito Escolar no ginásio de ginástica de São Bernardo. No total, o evento, que faz parte da parceria da Caixa com o município, movimentou 1.500 pessoas.