A qualidade do ar em cinco cidades da região foi melhor em 2005, em comparação ao ano anterior, segundo relatório da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). São Bernardo obteve os níveis mais elevados de poeira no Grande ABC, mas superou o limite apenas em um dia. Os piores registros do Estado estão em Cubatão, na Baixada Santista, e em Paulínia, no interior.

Em relação ao índice de ozônio, apesar de o número de ultrapassagem do padrão estipulado pela companhia como aceitável ter diminuído – caiu de 117, em 2004, para 89 vezes, em 2005 –, os técnicos da Cetesb garantem que ainda é cedo para comemorar. A cidade de Mauá, por exemplo, somou 14 dias em situação inadequada de concentração de ozônio. São Caetano vem atrás, com 12, seguido pelo pólo industrial de Capuava, em Santo André, com 11 dias. A Cetesb mantém estações em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá.

O gerente da Divisão de Qualidade de Ar da companhia, Jesuíno Romano, disse que a má qualidade do ar causada pelo ozônio é considerada alta nas estações medidas, mas ocorre em âmbito mundial. “Medidas para a sua redução são complexas, mas extremamente necessárias.” Dentre elas, está a diminuição da emissão de dióxido de carbono expelida pelo escapamento dos carros. O rodízio de veículos, instituído na capital, é um exemplo.

Os veículos seguem como os vilões da qualidade do ar na Região Metropolitana. Para diminuir a emissão de poluentes, o gerente do Setor de Engenharia Automotiva da companhia, Renato Linke, aposta em normas alternativas, como a que será colocada em prática no próximo ano. Os carros sairão da fábrica com dispositivo elétrico que detecta a emissão de poluentes e gasto excessivo de combustível. “A medida é uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Inicialmente, servirá para mostrar se existe algum problema no veículo, mas até 2010 a idéia é fazer com que o aparelho identifique o defeito. Em carros importados, isso não é novidade.”