O comunicado precisou que a decisao foi tomada pelo primeiro-ministro Ehud Barak e seu ministro de Relaçoes Exteriores, David Levy.
Os conservadores e a extrema-direita austríaca apresentaram um acordo sobre um programa de governo de coalizao que esta quarta-feira será submetido ao chefe de Estado austríaco.
``Em um país onde um governo simboliza e sustenta opinioes que deveriam escandalizar qualquer pessoa, judia ou nao, nao pode haver um embaixador de Israel', havia declarado Levy horas antes na rádio estatal. Israel deve ``encabeçar' a campanha internacional contra Haider, acrescentou.
O comunicado da Presidência do Conselho assinalou que ``o primeiro-ministro entrará em contato com os chefes de Estado europeus para tentar coordenar os esforços com vistas a uma iniciativa internacional global'.
Em conversaçoes telefônicas com o presidente francês Jacques Chirac, o chanceler alemao Gerhard Schroeder e o presidente do Governo espanhol, José María Aznar, Barak já tinha evocado a criaçao de uma ``frente européia' para impedir a entrada no governo do partido de Haider.
``Israel considera muito grave a participaçao de um partido de extrema-direita encabeçado por Haider e apela à comunidade internacional no sentido de que nao se resigne a um fenômeno tao preocupante', adiantou o comunicado.
``A participaçao no poder em um país europeu de um partido de extrema-direita, cujo líder fez graves declaraçoes em relaçao ao regime nazista, deve indignar os cidadaos do mundo livre', acrescentou.
Entretanto, a ex-ministra da Educaçao Shulamit Aloni, do partido de esquerda Meeret, pôs o contraponto ao considerar, na rádio, que ``antes de içar a bandeira da democracia e dos direitos humanos, nós (os israelenses) deveríamos limpar nossa própria casa'.
``O racismo se encontra no coraçao de nossas instituiçoes', afirmou, denunciando ``a sorte vergonhosa que se reserva aos trabalhadores imigrantes e a seus filhos, cujos direitos fundamentais nao sao respeitados'.
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