Conhecedor respeitado do mercado automotivo brasileiro, o empresário Sérgio Habib aposta na superação da indústria chinesa para oferecer produtos que ganhem a confiança do consumidor brasileiro. No ano que vem, ele abre 34 concessionárias da JAC em todo o País para começar a vender três modelos - J3 (sedã e hatch), J5 (sedã) e J6, (minivan de cinco e sete lugares).

No Salão de São Paulo, Habib disse que os chineses vão rivalizar com coreanos, japoneses e franceses na tentativa de quebrar a hegemonia das quatro grandes montadoras do mercado brasileiro - Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford, que ainda detêm cerca de 75% das vendas no Brasil.

"As grandes já não falam mais em aumentar seu percentual de vendas", disse Habib, com a experiência de quem já comandou as operações da Citroën no Brasil, e hoje administra, além da JAC, as vendas de Aston Martin e Jaguar, entre outras marcas de luxo no mercado nacional. "Hoje já estão mais preocupadas em manter suas margens porque sabem que os novatos atacarão."

Como ainda sobrevivem como importadoras, marcas asiáticas sofreram contratempos no Salão do Automóvel. Algumas, como SsangYong e Lifan, ficaram sem carros para mostrar em razão de trâmites burocráticos do governo brasileiro. "Voltem amanhã que os carros estarão aqui", disse aos jornalistas Abdul Majid Ibraimo, presidente da SsangYong Motor do Brasil no horário da coletiva de imprensa. De fato, os carros chegaram um dia depois no Anhembi.