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Lixo será usado na iluminação em S.Bernardo

Segundo secretário, energia produzida por usina será suficiente para iluminar ruas e praças da cidade

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
11/03/2013 | 07:00
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A partir de 2015, o lixo produzido em São Bernardo poderá ser utilizado para iluminação pública, por meio da geração de energia elétrica obtida através da queima dos detritos na usina do lixo, que está sendo construída no local onde funcionava o lixão do Alvarenga.

A usina poderá gerar até 18 megawatts de energia por hora, quantidade suficiente para abastecer pelo menos 160 mil casas por mês.

"A ideia é que nós sejamos consumidores (da energia), atendendo toda a demanda (dos prédios) da Prefeitura e a iluminação de ruas e praças", vislumbrou o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli. Atualmente, a cidade produz em média 700 toneladas de lixo por mês.

Quando estiver em funcionamento, a usina pode ser utilizada por outras prefeituras. Em recente visita ao prefeito Luiz Marinho (PT), o chefe do Executivo de Diadema, Lauro Michels (PV), gostou de conhecer o projeto. O verde avaliará a possibilidade de encaminhar os dejetos de sua cidade para São Bernardo.

Hoje o lixo de Diadema é encaminhado para o aterro particular Lara, em Mauá, ao custo mensal de R$ 1,470 milhão entre coleta, transporte e descarte de material.

Tarcísio Secoli deixou a Pasta de Coordenação Governamental no fim do ano passado para comandar Serviços Urbanos.

Na prática, ele deixou de atuar num setor mais voltado à articulação política, passando a gerenciar um departamento que tem mais visibilidade, cujo Orçamento para 2013 é de R$ 645 milhões. "Realizamos um trabalho de ‘mão na massa' para fazer com que as obras que estão previstas saiam."

 

REFORMA

Desde fevereiro, o prefeito Luiz Marinho está discutindo com sua equipe de governo uma reforma na estrutura administrativa do Paço. O petista estuda acabar com a Secretaria de Obras e também avalia se irá extinguir a Pasta de Coordenação Governamental.

Tarcísio disse que ainda não é possível afirmar se as Pastas realmente acabarão. "Ainda estamos no projeto de estudo. Existe essa possibilidade, mas se vai acabar, eu não sei."

Para ele, a reforma visa mudar alguns conceitos administrativos que vinham sendo adotados na cidade. "Existem cargos de coordenação com poucos funcionários e áreas em que é preciso ampliar (o quadro de servidores)", avaliou.

Marinho tem tratado da reforma administrativa sob sigilo e não demonstra pressa em encaminhar o projeto de lei à Câmara.

Em fevereiro, o chefe do Executivo previa consolidar o texto em 90 dias. Depois, o petista disse que o projeto pode ficar pronto para receber o crivo dos vereadores somente em junho.

 

 

Não tenho intenção de ser candidato a prefeito, diz Tarcísio

 

Integrante do primeiro escalão do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, desde o início do primeiro mandato, em janeiro de 2009, o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, afirma que não tem interesse em disputar a sucessão do chefe do Executivo em 2016.

"Não passa pela minha cabeça nem está em discussão isso, ser o sucessor do prefeito. Estamos com dois meses de (segundo) mandato" discorre. "Temos de trabalhar muito, fazer um bom governo e pelo bom governo fazer um sucessor, independentemente de quem seja."

Tarcísio integra o núcleo político de Marinho e participa de todas as decisões políticas do aliado. Foi coordenador geral da campanha de 2008 e integrou o núcleo duro no projeto de reeleição, no ano passado.

O status do petista no Paço de São Bernardo o coloca como hipotético candidato nas rodas de conversa entre políticos. O secretário adota outra teoria para justificar os comentários. "Muitas vezes falam isso de mim porque sou da cidade, de família tradicional. Sou militante do PT desde 1982, quando o partido foi fundado, e estou (atuando) com o Marinho há muitos anos", tangenciou.

Por outro lado, a saída de Tarcísio do gabinete do prefeito para assumir uma Pasta fora do Paço teria outro motivo. Comenta-se que a interlocução com aliados fluia com dificuldade, por seu jeito impositivo e pouco pacífico. Fator que complicaria uma indicação para encabeçar chapa majoritária daqui a três anos e meio.

Tem trabalhado mais nos bastidores e, se está sendo preparado para assumir posto de candidato, deve aparecer mais na linha de frente a partir de agora. Bom teste para analisar sua aceitação junto à militância petista, onde tem alguns desafetos.

 

 




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