Economia Titulo
Setor plástico quer crescer no Exterior
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/03/2008 | 07:01
Compartilhar notícia


O dólar em baixa atrapalha, mas empresas fabricantes de produtos de plástico (como embalagens e utilidades domésticas) insistem e têm planos de ampliar em 52% as exportações em dois anos.

Para isso, contam com o apoio de um programa da Apex (Agência de Promoção às Exportações e Investimentos) – um órgão do governo federal –, em parceria com o INP (Instituto Nacional do Plástico). O convênio entre as duas entidades foi renovado ontem.

Pelo projeto, chamado Export Plastic e que atualmente conta com 78 empresas do ramo associadas, serão destinados R$ 9,2 milhões para a participação em feiras setoriais, missões comerciais, cursos de capacitação e outras atividades até o final de 2009.

A meta do projeto é aumentar de US$ 236 milhões para US$ 360 milhões (ou seja, 52%) o total exportado pelas fabricantes e gerar 700 empregos nesse período.

O plano é ambicioso, em função das dificuldades cambiais – as empresas têm perdido rentabilidade nas encomendas ao Exterior, já que os negócios são fechados em dólar.

O presidente do INP, Merheg Cachum, atesta que não está sendo fácil com a moeda americana em patamar cada dia mais baixo, mas considera que a renovação do convênio é importante para as fabricantes se tornarem mais competitivas. “É preciso criar uma cultura exportadora e sem a Apex seria impossível”, disse.

DA REGIÃO

A fabricante de utensílios domésticos de plástico Kos Acrílicos, de Diadema, acaba de ingressar no projeto. Suas expectativas são positivas. Na próxima semana, a empresa participa, em um estande da Apex, de uma feira em Chicago (a Home & Houseware).

A Kos exporta o correspondente a 3% de seu faturamento, e tem meta de chegar a 5% em um ano. “Esperamos com o programa o acesso a novos mercados”, disse o supervisor de vendas, Antonio Carlos da Silva Ferreira.

Para a Acrimet, indústria de material de escritório sediada em São Bernardo, a iniciativa já tem ajudado. De 20% a 30% das vendas são direcionadas ao Exterior, segundo o gerente de exportações da indústria, Jaime Nascimento. Ele cita que, por meio do projeto, houve a oportunidade de participação não só em feiras mas também em encontros com potenciais clientes.

Nascimento destaca que a companhia – que atende 32 países atualmente –, não se limita a ações organizadas pela Apex. “Estamos focados em exportar, apesar do dólar, porque temos uma visão de longo prazo”, resume.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;