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Consórcio não prioriza a Via Anchieta
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
12/03/2008 | 07:00
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A Via Anchieta, com tráfego cada vez mais carregado, não faz parte do rol das prioridades discutidas pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC quando o assunto é trânsito.

As intervenções apontadas, ontem, como essenciais para o viário regional pelo Consórcio, durante reunião do Grupo Temático de Logística, são debatidas uma há, pelo menos, 20 anos e a outra há 11, e nunca passaram das discussões.

São dois antigos pontos de gargalo no trânsito do Grande ABC: a passagem de nível da estação de trens em Capuava e a falta de ligação entre as avenidas Jacu-Pêssego e dos Estados, bem como a prolongação dessa via. O próprio estudo encomendado em 2005 pelo Consórcio já apontava a defasagem dessas vias e a necessidade de intervenções.

No encontro, o presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, João Avamileno, afirmou que dará maior atenção a essas obras. “Não dá para esperar outros estudos. Isso é urgência e precisamos levar ao conhecimento do Estado.”

Entretanto, a importância em se finalizar as obras do chamado Complexo Viário Jacu-Pêssego, que ligará Mauá a Guarulhos, é conhecida há duas décadas, quando as discussões sobre a obra tiveram início e o Consórcio sequer existia. As intervenções também teriam impacto importante na Anchieta, que teria ligação com o complexo.

Com a Avenida dos Estados, a Jacu-Pêssego traria nova dinâmica de escoamento da produção de carga entre o aeroporto de Cumbica e o porto de Santos. Mas o projeto não saiu do papel e, por enquanto, se depender do Dersa, assim continuará, pois para a empresa estadual não há nenhuma intervenção programada para ligar as avenidas.

Outra obra definida ontem como prioritária pelo Consórcio é discutida desde 1996: a eliminação da passagem de nível na estação de trens Capuava para dar lugar a um viaduto que otimizará o tráfego de cargas do Pólo Petroquímico e desafogará o viário local. O impasse para definir quem construirá o empreendimento vem se arrastando e passou pelas mãos de vários prefeitos que viram parcerias com o Estado serem frustradas. A Secretaria Estadual de Transportes mantém a posição de que o trecho é de responsabilidade da Prefeitura.



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