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Ozelito apoia Vanessa Damo em Mauá
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
10/10/2012 | 07:00
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Quarto colocado na eleição à Prefeitura de Mauá, Irmão Ozelito (PTB) caminhará ao lado de Vanessa Damo (PMDB) no segundo turno. Detentor de 16.238 votos (8,17% dos válidos), o petebista anunciou ontem a decisão, que fez questão de ressaltar ser "individual". Isso porque o seu partido tende a apoiar Donisete Braga (PT).

Durante a corrida, o então prefeiturável não poupou críticas ao comando do PTB. Nem mesmo o mandatário da sigla no Estado, deputado estadual Campos Machado, escapou dos reclames de falta de estrutura para tocar a campanha.

Desgastado na legenda e admitindo inclusive a chance de deixar o PTB, Ozelito reuniu seu grupo para comunicar o apoio a Vanessa. Entre os correligionários estava o vereador eleito Ricardinho da Enfermagem. "Ela sempre nos respeitou e se comprometeu a implantar alguns de nossos projetos (caso eleita), como a criação da coordenadoria de assuntos religiosos", justificou.

A peemedebista colou o adesivo de sua campanha no peito do ex-concorrente. Ambos posaram para fotos trocando os planos de governos, em uma demonstração de que as propostas serão unificadas. "Estamos irmanados por ideologia única de fazer o bem às pessoas de Mauá. Nossa missão é o resgate da dignidade do povo", discorreu Vanessa.

Marido da candidata, o presidente municipal do PMDB, José Carlos Orosco Júnior, lembrou que Ozelito foi "adversário leal", e, à sua maneira, rotulou as candidaturas remanescentes. "Hoje tem dois projetos: o desastre da continuidade e a mudança, que somos nós."

TRANSFERÊNCIA DE VOTOS

Vanessa Damo reconheceu ser impossível o apoio declarado transferir a ela todos os votos conquistados por Irmão Ozelito no primeiro turno, mas avaliou que absorverá a maior parte. "A transferência de votos nunca é 100%. Mas, como há identificação natural entre nossos projetos, acredito que eles migrarão para mim com facilidade."

A prefeiturável admitiu que se comprometeu a criar a coordenadoria de assuntos religiosos. No entanto, descartou que já tenha definido o petebista como o comandante do setor. "Precisamos de pessoa com conhecimento na área, mas temos forma de trabalhar que não prioriza a divisão de cargos."

Mesmo sem ser questionado, Ozelito declarou disposição em abrir seu sigilo fiscal para provar que a aliança não envolve dinheiro. "Aqui não tem um centavo sequer. Tem projeto político. Vejo a Vanessa como a renovação. Quero vê-la no Senado e como governadora." E encerrou criticando mais uma vez a direção do PTB. "Nos últimos 20 dias de campanha fiquei com três carros de som parados por falta de gasolina."

 

PSDB dá aval para aliança com a prefeiturável

 

cúpula do PSDB estadual avalizou ontem a aliança do partido com a candidatura de Vanessa Damo (PMDB) à Prefeitura de Mauá. A apoio do tucanato à peemedebista é tido como tendência natural na cidade, já que a candidata enfrenta Donisete Braga (PT) no segundo turno - petistas e tucanos são rivais históricos.

"Coloquei duas possibilidades: a de ficarmos neutros ou a aliança com o PMDB", afirma o presidente do PSDB municipal, Márcio Canuto, sobre a reunião na Capital. "E entendemos que a neutralidade é deixar a cidade nas mãos do PT, o que seria irresponsabilidade grande."

Apesar do sinal verde em São Paulo, o diretório local ainda tenta costurar o consenso. O principal entrave é o posicionamento do vereador Edimar da Reciclagem, que disputou o Paço pelo partido e terminou em quinto lugar, com 7.350 votos (3,7% dos válidos). O ex-prefeiturável é a favor da neutralidade.

"Minha vontade é seguir o que o nosso presidente falou em setembro do ano passado e ficar neutro", externa Edimar. Ele faz referência à declaração de Márcio Canuto, que afirmou que "jamais se aliaria a Vanessa". "Isso foi naquele momento. Depois a procurei e houve sintonia nos projetos", justifica o dirigente.

Líderes do PSDB de Mauá se reunirão na quinta-feira para bater o martelo. Edimar reconhece que o partido "jamais apoiará o PT". "Mas não vou aceitar que o diretório tome decisão sem antes conversar com o grupo." O ex-candidato exalta a votação que recebeu e considera que os sufrágios foram conquistados por ele, e não pela sigla. "Prova disso é que o PSDB teve só 893 votos na legenda para vereador."

 

PV

Em reunião ontem à noite, o diretório do PV em Mauá descartou a possibilidade de o partido manter a neutralidade no segundo turno. A escolha por Donisete Braga ou Vanessa Damo deverá ser anunciada hoje. "Vamos nos posicionar", garante o ex-prefeiturável e presidente da sigla, Paulo Bio.

 

 




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