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Estado inicia canalização de 7,5 kms do Córrego Oratório
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
11/07/2012 | 07:00
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Aguardada há décadas por moradores das divisas entre São Paulo, Santo André e Mauá, a canalização do Córrego Oratório começou a ser feita pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica). As obras foram iniciadas há pouco mais de um mês e o investimento é de R$ 80 milhões, sendo R$ 64 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal.

O primeiro trecho do rio a receber os serviços tem 400 metros e está localizado entre as ruas Augustin Liberti e Tenente Lauro Sodré, na Capital. O projeto prevê canalização de 7,5 quilômetros entre a Avenida Adélia Chohfi, em São Mateus, e a Avenida dos Estados, em Santo André. A licença ambiental para a obra completa foi emitida na semana passada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e vale por cinco anos.

Apesar da primeira fase já ter sido iniciada, o departamento ainda não tem previsão de quando a obra será finalizada, já que depende da realização de desapropriações ao longo do traçado.

O objetivo da canalização é diminuir as enchentes na bacia do Rio Tamanduateí, do qual o Córrego Oratório é afluente. A obra já nasce com atraso, pois o contrato com a Caixa foi assinado em julho de 2010. O Daee informa que esse tempo foi necessário devido a "providências de solução habitacional".

Moradores da Vila Metalúrgica, em Santo André, demonstram ceticismo em relação à intervenção. "Moro aqui há 30 anos e sempre escutei essa conversa. Ninguém faz nada, ainda mais por ser área de divisa", critica a comerciante Valdenira Silva Dantas, 49 anos.

Ao longo do córrego, é comum a ocorrência de enchentes. "No verão, a água chega a passar dos dois metros. Não sobra nada. Diversas pessoas já morreram afogadas aqui, além da perda de móveis e eletrodomésticos", lembra o motorista Laércio da Silva, 59.

Outra reclamação dos moradores é o acúmulo de lixo e entulho nas margens, o que também contribui para as cheias. "O pessoal daqui tem sua parcela de culpa por jogar o lixo onde não deve. Mas a Prefeitura também não faz a parte dela", acrescenta a dona de casa Telma Soares, 37.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informa que realizou em maio serviço de capinagem no local. O órgão promete enviar equipe hoje ao bairro para avaliar o problema.

Do lado da Capital, a subprefeitura da Vila Prudente e Sapopemba afirma que a limpeza das margens é de responsabilidade do Daee.




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